Vereadores de Ipatinga também entram em "greve"

Vereadores afirmam que não irão votar projetos de lei até que Prefeitura e Sind-UTE entrem em consenso
IPATINGA - Para pressionar o governo, seis vereadores anunciaram que não irão votar nenhum projeto de lei até que a Prefeitura ponha um fim à greve dos professores. São eles: Agnaldo Bicalho (PT), Sebastião Guedes (PT), Dário Teixeira (PT), Saulo Manoel (PT), César Custódio (PPS) e Nilson Lucas, o Nilsinho (PMDB). 
Os vereadores precisam de sete votos para colocar a proposta em prática. Os parlamentares garantiram que contam com mais apoio entre os vereadores da Casa.
"Nossa decisão não tem intenção partidária, mas sim criar mais uma frente para levar o governo a negociar com o sindicato", disse Agnaldo. "Se a Câmara é a caixa de ressonância do povo, e hoje a greve é o assunto que tem mais incomodado a população, temos a obrigação de agir", completou Nilsinho.
A próxima reunião ordinária será no dia 22 de agosto. Não há ainda nenhuma reunião extraordinária marcada. O anúncio veio em um momento delicado para os estudantes. As aulas deveriam se iniciar na última segunda-feira (1º).
Dessa maneira, a greve, que já se prolonga por mais de 50 dias, pode comprometer o calendário letivo de mais de 20 mil estudantes da rede municipal de ensino. Os educadores reivindicam o pagamento do piso salarial estabelecido pelo governo federal e também pela legislação municipal. Mas o governo argumenta que não possui orçamento suficiente para pagar o piso. "Se a prefeitura não tomar uma atitude, a situação para os estudantes vai complicar e acarretar prejuízos enormes ao ano letivo", afirmou Dário. Os parlamentares admitem que podem desistir do boicote antes de colocá-lo em prática, desde que o governo e o sindicato cheguem a um acordo.
"Estamos preocupados com a situação da educação de Ipatinga, e é por isso que queremos tomar esta atitude. Esta situação já chegou ao extremo, principalmente com a culminância da greve de fome de duas diretoras do Sind-UTE, que aconteceu esta semana. Queremos que os dois lados cheguem logo a um consenso", finalizou o vereador Agnaldo Bicalho (PT).

Fonte: Diário Popular

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