Usuário forja sequestro para pagar dívida em Timóteo

16-12-2011 16:48
TIMÓTEO - O homem que alegou ser mantido em cárcere privado desde a última segunda-feira (12), no distrito de Cachoeira do Vale, confirmou à Polícia Civil que o sequestro foi uma armação para pagar uma dívida referente a droga. No esquema, seis pessoas foram levadas para a delegacia, dentre elas, um menor.
A delegada que investigou o caso, Adeliana Xavier, disse que a suposta vítima, Edvam Moura de Oliveira, 27 anos, confessou que é usuário de crack e que teria armado o próprio sequestro para pagar dívidas de drogas. Ainda conforme a policial, no depoimento, o homem disse que já desapareceu outras vezes e que depois ligava para casa pedindo dinheiro para pagar dívidas. "Conversando com a vítima, ela confirmou que em momento algum foi sequestrada. Ele disse que saiu de casa na segunda-feira, para fazer uso de crack, quando contraiu uma dívida com um dos conduzidos no valor de R$ 100 reais. Para pagar a dívida, ele deu o carro como garantia e pediu para ligar para a esposa, a fim de pedir dinheiro e resgatar o carro", explica. 
A polícia irá investigar agora se a mulher de Edvam sabia ou não da armação do marido. Caso a PC constate que a mulher foi cúmplice da armação, ela poderá ser indiciada por denunciação caluniosa. 

O ESQUEMA
A Polícia Militar teve muito trabalho depois que Claudiana de Fátima Batista, 27 anos, contou que o marido havia desaparecido desde segunda-feira passada. Ela chegou na companhia da PM em Coronel Fabriciano na noite de quarta-feira (14) e registrou o boletim de ocorrência. 
Em seguida, a mulher recebeu um telefonema da vítima, alegando que estava no distrito de Cachoeira do Vale, em cárcere privado, sob o poder de seis sequestradores, que lhe exigiam a quantia de R$ 650 reais e um veículo Gol - que estava em posse dos autores - para que ele fosse liberado. 
A mulher relatou aos policiais que, durante a conversa com o companheiro, escutou vozes de pessoas intermediando a conversa, mandando que o marido indicasse à mulher o local onde seria feito o contato para a entrega do dinheiro. Ela, o pai da vítima e o sargento Carvalho, da PM de Coronel Fabriciano, se deslocaram para o endereço informado para realizarem o contato. Na ocasião, os três foram abordados por um dos dos integrantes da quadrilha que estava com a suposta vítima. 

LIBERTAÇÃO

No relato do boletim de ocorrência, a mulher disse aos supostos sequestradores que só entregaria o dinheiro quando eles liberassem também o carro. O sargento - que não estava fardado - anunciou a sua condição de policial militar e deu voz de prisão a todos os envolvidos. Na ocasião, Edvam relatou ao sargento que desde segunda-feira estava em poder dos sequestradores. 
Todos os seis conduzidos - entre eles um menor - foram ouvidos pela polícia e liberados no final da tarde de ontem. 



Fonte: Diário Popular

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