Construir está mais caro!

O petróleo e a mão de obra são responsáveis pela alta dos preços dos materiais de construção.


De acordo com economistas da Serasa, nos primeiros cinco meses deste ano, o movimento dos consumidores no varejo foi quase 10% maior que o do mesmo período de 2010. Grande parte desse percentual procurou o setor de material de construção. 

O tijolo lajotinha, 20 X 20, custa R$ 370,00, o milheiro em um depósito de Coronel Fabriciano, R$ 50,00 a mais que no mês passado. O gerente do depósito, Roberto Gonçalves Pires conta que é muita coisa por um produto que está sendo muito consumido no país e se continuar com esse aumento a tendência é do mercado cair, o que não é bom para as empresas que vendem esse tipo de material. 

Estivemos também em um depósito de Ipatinga para conferir os preços de outros produtos. O galão de tinta de 18 litros, atualmente, sai a R$ 108,00. No início do ano era vendido a R$ 89,00. O cimento também está mais caro, em menos de dois meses passou de R$ 17,90 para quase R$ 20,00. Tubos e conexões tiveram aumento de 7% só no mês passado. No acumulado do ano, o aumento chega perto de 15%. Este é apenas um dos fatores para a queda nas vendas. Segundo o gerente Cleidson Gomes, o fato de o plano diretor não ter sido concluído ainda está influenciando mais que a alta dos preços.

A explicação para o aumento dos preços está no valor do barril do petróleo. No dia dois de junho ele estava a U$$ 100,40. Mais caro que no início do ano, em janeiro estava a U$$ 88,22.

De acordo com o economista Wander Ulhoa, a mão de obra também está mais cara. Principal responsável pelo aumento do índice nacional da construção civil. Ele fala que por causa da escassez de mão de obra na construção civil, houve um aumento relevante dos materiais no mês de abril. 

Apesar dos aumentos, o Sr. José Orácio Filho, aposentado, foi comprar tinta para pintar o quarto. Pagou R$25,50 pela lata de três litros e meio, R$ 3,50 mais caro que o valor gasto na reforma do ano passado. Ele conta que não tem como fugir e que os produtos sobem, mas o salário não acompanha essa tendência.

Fonte: In360

0 comentários: