Sobrecarga do Hospital Vital Brazil preocupa Prefeitura

O secretário municipal de Saúde Fabiano Moreira e o Procurador-Geral Hamilton Roque acompanharam apreensivos a audiência realizada nesta sexta-feira (22), pela Justiça Federal, para tratar do fechamento do Hospital Siderúrgica, localizado em Coronel Fabriciano.  A principal preocupação é quanto à sobrecarga do Hospital e Maternidade Vital Brazil (HMVB), que receberá a demanda adicional de uma população superior a 100 mil habitantes neste período. Pela proximidade e melhores condições de deslocamento, o hospital se tornará destino preferencial dos pacientes desamparados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) naquele município.

“Estamos solidários à população de Coronel Fabriciano, que precisa e tem direito ao atendimento pelo SUS na atenção básica, de média e alta complexidade. Mas enquanto gestores públicos de saúde, o que não podemos concordar é com a precarização dos serviços prestados ao cidadão de Timóteo, isso muito nos preocupa”, avaliou Fabiano.

O secretário garantiu a inclusão no acordo de uma cláusula na qual o Governo de Minas se comprometa a direcionar ao HMVB os recursos antes destinados ao Hospital Siderúrgica, a título do programa Pró-Hosp, reforçando assim o financiamento do hospital. “Garantimos este avanço, mas é preciso considerar que o problema não se resume ao financiamento. Tanto o Vital Brazil, como também o próprio Hospital Municipal de Ipatinga e Márcio Cunha, hoje estão atendendo muito além de sua capacidade. Isso envolve espaço físico, estrutura, profissionais. Com o Hospital Siderúrgica fechado, é inquestionável a precarização do atendimento nas cidades vizinhas”, ponderou Fabiano.

Por outro lado, o secretário avalia positivamente a reunião pela forma que ficaram claras as responsabilidades de cada esfera do Poder Público no atendimento em saúde. “Timóteo e Coronel Fabriciano são municípios que hoje não possuem gestão plena do SUS, como é o caso de Ipatinga. Por isso, a responsabilidade dessas prefeituras é com a atenção básica, que precisa ser bem prestada em Timóteo, onde temos avançado muito no governo do prefeito Sérgio Mendes, mas também em Fabriciano, para que os pacientes não tenham necessidade de se deslocarem em busca de tratamento. Esse episódio veio reforçar a necessidade de repensarmos a saúde pública no Vale do Aço, para que a população não continue sendo penalizada”, defendeu o secretário.

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