Ipabense suspeito de assassinar família nos EUA

Valdeir Gonçalves teria torturado e esquartejado uma das vítimas
A família Szczepanik desapareceu em 2009
O ipabense acusado de matar três pessoas da mesma família, em Omara, nos Estados Unidos, irá a julgamento popular por assassinato em primeiro grau nesta segunda-feira (15). Novos detalhes do caso foram anunciados pela polícia em abril. Até o momento, dos três suspeitos oriundos do Vale do Aço, ele é o único a ser julgado pelo crime. 

Durante uma audiência no início de março, os detetives que investigam o caso disseram que o ipabense Valdeir Gonçalves Santos torturou o também brasileiro Vanderlei Szczepanik antes de esquartejar e jogar os restos mortais na ponte South Omaha Bridge. O corpo nunca foi encontrado. A esposa de Vanderlei, Jaqueline e seu filho de sete anos, Christopher, também desapareceram, mas a justiça ainda não sabe se eles foram mortos da mesma forma.

O crime teria acontecido no dia 17 de dezembro de 2009, na cidade de Omaha, Nebraska. Se considerado culpado, Valdeir pode ser condenado à morte por homicídio triplamente qualificado.

Em 2009, Valdeir ido aos Estados Unidos com a ajuda de outro brasileiro que já trabalhava para a família Szczepanik. Segundo a polícia, ele teria desenvolvido um ódio por Vanderlei e sua esposa.

Também de acordo com a polícia, do dia em que a família Szczepanik desapareceu até o momento do primeiro suspeito ser preso, foram retirados U$ 23 mil da conta bancária de Vanderlei. Os detetives acreditam que ele foi forçado a assinar cheques em branco antes de ser morto.

Os investigadores disseram acreditar que Jaqueline e Christopher Szczepanik também foram mortos, mas ainda não se sabe como teriam acontecido os assassinatos. A polícia chegou a usar um equipamento sonar no Rio Missouri na tentativa de achar evidências, mas nada foi encontrado.

Provas 
As principais provas que levaram a justiça a pedir o julgamento foram as conversas com as esposas de Valdeir e de José Carlos Coutinho, também de Ipaba e inicialmente acusado do crime. Os dois brasileiros teriam confessado o crime para as esposas aqui no Brasil em uma série de ligações telefônicas. Também há imagens de câmeras fotográficas de circuito interno de segurança e outras evidências físicas, mostrando que Valdeir usou o cartão bancário de Vanderlei. O fato colaborou para que a polícia montasse a acusação contra Valdeir.

Os promotores tentariam levar as esposas dos acusados para os Estados Unidos a fim de deporem durante o julgamento, que acontece na próxima segunda-feira. Sem provas que o relacionasse diretamente com o caso, a Justiça dos EUA liberou o terceiro ipabense envolvido, Elias Lourenço Batista, que foi deportado por estar sem documentação legal no país. Elias desembarcou em São Paulo em 11 de abril e, no dia seguinte, chegou a Ipaba. 

Fonte: JVA online

0 comentários: