Ércio Quaresma é internado após suposta crise de abstinência

O advogado Ércio Quaresma foi internado em caráter de urgência em Belo Horizonte após, supostamente, ter sofrido uma forte crise de abstinência do crack, droga da qual confessou ser dependente. Por causa do vício ele se afastou, no ano passado, da defesa do goleiro Bruno Fernandes, acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio.
Quaresma foi internado 
por suposta crise

A assessoria da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), confirmou que Quaresma deu entrada nessa segunda-feira (21) no Pronto Atendimento do Instituto Raul Soares - Complexo de Saúde Mental, onde foi internado. Nesta terça-feira (22), porém, ele foi transferido para um hospital particular.
Já a empresa responsável pela assessoria de imprensa do escritório de Quaresma não soube confirmar a internação. Entretanto, revelou que o advogado relatava enfrentar um profundo quadro depressivo.
Em meio aos escândalos que permearam as investigações do caso Eliza Samudio, Ércio Quaresma foi pivô de muitas polêmicas. Advogados denunciaram que eram ameaçados de morte pelo defensor de Bruno, testemunhas do caso também o denunciaram por ameaças e sua postura chegou a ser criticada por juízes durante audiências nos tribunais.
Após muita especulação, em novembro Ércio Quaresma procurou a imprensa para revelar ser dependente do uso de crack. À época havia um boato de que havia um vídeo gravado dentro de uma favela de Belo Horizonte em que o advogado aparecia consumindo a droga. Ele se antecipou à divulgação do vídeo na mídia para admitir ser dependente. Segundo ele, há mais de sete anos o crack estava presente em sua rotina.
Um processo disciplinar chegou a ser instaurado pela Ordem dos Advogados do Brasil - seção Minas Gerais, para apurar as denúncias contra Quaresma e o sua conduta ética. Neste período o advogado pediu licença da entidade pelo prazo de 30 dias, afirmando que precisava se tratar. O afastamento não suspendeu a ação, e a OAB-MG acabou o punindo, proibindo sua atuação como advogado pelo prazo de três meses, que venceria no final de fevereiro.
A OAB-MG não considerou apenas o vídeo amador em que Quaresma aparecia fumando crack, mas também outros processos por ameaças e desacato a autoridades registrados contra ele. Àquela época, Ércio Quaresma respondia a pelo menos oito processos na entidade. O teor das denúncias é sigiloso.
 

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