Homem é preso por não pagar pensão

IPATINGA – Aroldo José Paulino, de 47 anos, está recluso no presídio de Coronel Fabriciano desde o dia 23 por uma situação, no mínimo, estranha. Ele foi vítima de agressões, no domingo, por volta das 22h30, no Bairro Caladinho de Cima, e depois acordou no hospital. A polícia ainda não sabe quem agrediu Aroldo, mas verificou nos registros que Aroldo tinha um mandado de prisão em aberto, emitido pela Justiça de Açucena, por conta do não pagamento de pensão para um filho. Só que, segundo ele, tudo já foi resolvido, e só faltou o advogado “tirar” as infrações do sistema. Além disso, Aroldo José Paulino afirma que já não precisa mais pagar pensão para o filho, que atualmente tem 23 anos. “Fui agredido por dois indivíduos, e quando acordei já estava no hospital. A PM que me socorreu. O processo por causa da pensão alimentícia já foi resolvido. A papelada está com o Doutor Cleber, em Açucena, e ele ia dar “baixa” no sistema, mas não deu”, explicou Aroldo José Paulino. 

O tratamento médico que Aroldo recebeu foi resultado do trabalho dos policiais. Quando o diretor do presídio, Edmar Soares de Souza, viu o estado de Aroldo, procurou logo um médico para o novo detento. “Quando cheguei e vi o estado dele, vi que ele precisava de tratamento, que a situação era grave. Já o encaminhamos para o Hospital Siderúrgica, em Fabriciano. Lá, acharam o caso grave também, e encaminharam para o Hospital Municipal de Ipatinga, que também achou a situação complicada e repassou o caso para o Hospital Márcio Cunha. Agora ele tem uma cirurgia marcada para o dia 2 de fevereiro (quarta-feira)”, afirmou o diretor do presídio, explicando que Paulino estava com um dos ossos do rosto quebrados.Paulino não tem idéia de quem o agrediu, nem os motivos. Ele afirmou que, se fosse colocado frente a frente com os responsáveis, não os reconheceria. “Não me lembro do que aconteceu. Foi tudo muito rápido. Eles me pegaram por trás e me bateram. Devem ter pensado que eu estava com dinheiro, por causa das roupas que eu estava usando. A camisa que eu acordei não é a minha, a minha calça está rasgada e roubaram as minhas meias” contou o agredido.

Alvará de soltura
Segundo o diretor do presídio, a situação de Aroldo é simples de resolver. “Já comuniquei ao juiz que emitiu a ordem de prisão para ele. Se a situação já foi resolvida, como ele afirma, então o mesmo juiz emitirá um alvará de soltura, mas ele só deve ser liberado após a cirurgia”, confirmou o diretor. Porém, mais de uma semana após o ocorrido, não chegou nenhum documento relacionado a liberação de Aroldo no presídio.
fonte: JVA online

0 comentários: