Caminhão-tanque contamina ribeirão após acidente em Açucena

AÇUCENA – A queda de um caminhão-tanque em uma ribanceira às margens da rodovia LMG-758, em Açucena, no final da manhã desta terça-feira (19), terminou com a morte do motorista Márcio Alexandro da Silva, de 29 anos, que residia em Timóteo. O veículo estava carregado com substâncias químicas, que vazaram sobre um ribeirão. A Polícia Militar do Meio Ambiente e a perícia da Polícia Civil estiveram no local analisando a situação. O acidente ainda deixou ferido outro homem, que foi socorrido ao Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga. 

O caminhão-tanque Volkswagen Worker placas HIA-6127, de Timóteo, descia uma serra na LMG-758 quando, na altura da localidade de Pompeu, em Açucena, km 27 da rodovia, bateu contra a traseira da carreta Scania P114 (CZZ-4646), de Guanhães. O caminhão, dirigido por Márcio Alexandro, ficou descontrolado e capotou pela ribanceira. Tamanha foi a violência do acidente que a cabine, a carroceria e o tanque se separaram. 

No Volkswagen Worker, além de Márcio Alexandro, estava Geraldo Magela Torres, 33, que ficou preso nas ferragens e ao cinto, sendo socorrido por populares ao HMC com fratura em uma das pernas. Seu quadro clínico é estável. 

A Scania era dirigida por Matozinho do Porto de Carvalho, 43. Ele disse que, assim como o caminhão-tanque, descia a serra da localidade de Pompeu quando foi obrigado a frear por causa de outros dois caminhões que vinham na direção contrária. “Quando eu segurei um pouquinho, o cara (Márcio Alexandro) chegou e bateu o caminhão-tanque na minha traseira, perdeu o controle e desceu. O acidente aconteceu em uma curva muito perigosa. Conheço bem a região, pois moro a 11 quilômetros daqui, em Sapucaia de Guanhães”, explicou Matozinho.

Testemunha 
Morador das imediações, o motorista Josimar Magno Marques Soares, 27, afirmou ter visto exatamente como o acidente aconteceu. Ele também ajudou no socorro às vítimas. “Na hora que a Scania maneirou (freou) na curva, pois é um local bem complicado, o caminhão-tanque chegou atrás de uma vez, bateu e desceu na pirambeira”, ratificou Josimar, que seguiu em direção ao lugar do acidente: “Tirei o Geraldo Magela da cabine do caminhão. O Márcio estava do lado de fora e parecia já estar morto. Eu queria socorrê-lo, mas estava com medo, pois o certo é esperar a ambulância. Mas um médico chegou ao local e nos autorizou. Então arrancamos uma porta, pusemos Márcio em cima e o colocamos em um carro”. O motorista do caminhão-tanque foi socorrido a uma unidade de saúde em Açucena, onde deu entrada já sem vida. “Antes de Márcio bater na carreta, ele ainda tentou ultrapassá-la, mas como estavam subindo outros dois caminhões, ele voltou para a mão dele e encostou na traseira da Scania”, revelou Josimar. 

De acordo com sargento José Osmar, da Polícia Militar Rodoviária, o caminhão-tanque e a carreta seguiam em direção a Virginópolis. O veículo que transportava os produtos químicos é de uma empresa de Timóteo. Ainda não era possível dimensionar os estragos ambientais que as substâncias provocaram na natureza, mas era fácil notar que vários peixes morreram no ribeirão atingido. 

Recanto Verde
Márcio Alexandro era morador do Bairro Recanto Verde, em Timóteo, e deixou órfãos dois filhos, uma garota de nove anos e um menino de nove meses. Há a suspeita de que ele estava sem cinto de segurança na hora do acidente e por isso teria sido lançado para fora do caminhão-baú. Geraldo Magela, que permanecia internado no HMC até o fechamento desta edição, também é de Timóteo, do Bairro Macuco.  

Fonte: JVA online

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