Pais e alunos protestam por fim da greve em Ipatinga

IPATINGA – Diante do prolongamento da greve dos professores, que chegou nesta segunda-feira (18) ao seu 40º dia, dezenas de pais e estudantes da rede municipal de ensino, mobilizados pelo sindicato - que colocou ônibus à disposição em vários bairros -, se reuniram no final da tarde em frente ao hall de entrada da Prefeitura de Ipatinga. A manifestação teve cartazes, faixas e muito barulho.

Além do Sind-UTE, o ato público foi reforçado por um carro de som do Metasita, de Timóteo, também ligado à CUT. 

O prédio da prefeitura foi cercado pelos manifestantes com uma faixa preta que continha as palavras “Respeito”, “Piso”, “Educação” e “Cidadania”. Instantes depois, um grupo subiu as escadas do prédio para entregar nas mãos do prefeito Robson Gomes (PPS) um abaixo-assinado. Contudo, ele não recebeu os manifestantes. Em greve desde o dia 8, a categoria reivindica o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). 

A decisão da categoria é a mesma: que a paralisação prosseguirá até que haja avanço nas negociações. A prefeitura alega que não tem margem para conceder o reajuste sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para a catadora de papéis Joana D’arc Emílio Rodrigues, a paralisação foi longe demais e o governo deve pensar nos estudantes e também em seus familiares. “Se essa greve não acabar logo, nossos filhos vão perder o ano. Além disso, a gente trabalha fora e fica com a preocupação dos filhos em casa, longe da escola”, dizia ela. que está levando suas duas filhas que estudam em escolas municipais para o seu trabalho. Foi sua a iniciativa de sugerir que fossem recolhidas as assinaturas dos pais com o objetivo de sensibilizar as autoridades municipais para retomar as negociações. A filha dela, Jussara Emílio Moreira, 9, está com dificuldade de aprender matemática e espera o retorno das aulas para recuperar o tempo perdido. Ela estuda na Escola Municipal Márcio Andrade Guerra.

Outra mãe, Leila Pereira, 39, secretária, declarou: “Nós, pais, apoiamos os professores nesta batalha, mas estamos preocupados com a duração da greve”. 
  
PMI 
Em nota, a PMI informou que sempre manteve um diálogo transparente com a categoria, e ainda afirmou que desde 2009 os professores receberam reajuste de 30% em seus salários. A prefeitura ressalta ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede o pagamento do reajuste, já que “o Gestor Municipal não pode ultrapassar os limites legais, pois há necessidade de serem levantados recursos definitivos para realizar qualquer tipo de reajuste. O impacto na folha cria obrigações definitivas. Hoje o Município de Ipatinga está trabalhando com uma folha de pagamento em seu limite”.  

Fonte: JVA online

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