PMI mantém 6,47% e decide enviar projeto à Câmara

O prefeito Robson Gomes afirmou que se índice não for aprovado no legislativo, aumento poderá ser “zero” 


IPATINGA - Em coletiva de imprensa promovida nesta segunda-feira (18), na Prefeitura Municipal de Ipatinga, o prefeito Robson Gomes (PPS) manteve a proposta de 6,47% de aumento salarial aos servidores. A oferta da PMI já havia sido recusada na última quinta-feira (14), durante plebiscito realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Ipatinga (Sintserpi). Agora a proposta do Executivo será encaminhada à Câmara, para apreciação durante Reunião Ordinária nesta quarta-feira (20).

A oferta da Prefeitura também mantém a forma de pagamento escalonado, sendo 2% em julho, 2% em outubro e 2,47% em dezembro. “A Lei de Responsabilidade Fiscal nos impede de oferecer um reajuste maior. Essa proposta já nos deixa muito próximos ao limite prudencial, que é de 51%”, explicou Robson Gomes. “Se a proposta de 6,47% não for aprovada pela Câmara, o reajuste será zero. A Prefeitura não tem outro mecanismo para oferecer um reajuste maior”, adiantou. 

Nas últimas assembléias promovidas pelo Sintserpi, os servidores deixaram claro que só aprovariam uma oferta em que o pagamento fosse retroativo a janeiro. “Isso é impossível. A proposta feita pelo prefeito irá impactar a folha de pagamento da Administração em R$ 4 milhões, e se o valor for retroativo a janeiro esse número sobe para R$ 15 milhões”, explicou Heyder Torre, procurador geral da PMI, enfatizando que o município não tem condições de fazer uma proposta melhor.

TJMG nega agravo do Sind-Ute
Durante a coletiva, o procurador geral da Prefeitura informou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou, nesta segunda-feira, o agravo do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, em que o Sind-UTE tentou derrubar a liminar que declara ilegal a greve dos professore municipais, iniciada em 8 de junho. 

A decisão tomada pelo desembargador Almeida Melo aponta que a educação é um serviço público essencial, e que a interrupção das aulas por causa da greve vai contra a garantia constitucional do ensino público e coloca em risco a qualidade da educação. 

“A greve não vai parar por causa disso. O sindicato vai recorrer em todas as instâncias possíveis. Estamos dispostos em ir até o Supremo Tribunal Federal”, declarou Cida Lima, diretora do Departamento de Comunicação do Sind-UTE/MG.

Fonte: JVA online

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