Vai cobrar de amigo e perde a vida

Vendedor fica nervoso ao ser cobrado e mata parceiro de negócio a facadas, em Neves

22-08-2011 18:33

Ao cobrar uma dívida de um amigo, um vendedor ambulante foi morto a facadas ontem, no bairro Girassol, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Raimundo Nonato de Souza, de 32 anos, chegou a ser levado com vida para a Unidade de Pronto Atendimento de Justinópolis, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar a unidade de saúde.

O suspeito Valdir Félix Ribeiro, de 46 anos, fugiu logo após o crime e até ontem não havia sido encontrado. O assassinato ocorreu em frente a casa dele, na presença de parentes. Segundo a Polícia Militar, a arma do crime não foi encontrada.

Ontem, quando a equipe de reportagem do Super Notícia esteve no local, a mulher e o filho de Ribeiro estavam colocando os móveis em um caminhão de mudança e disseram que estavam "indo embora" por medo de vingança por parte dos familiares e amigos da vítima.

Segundo parentes de Ribeiro, um terceiro colega deles teria ido, na manhã de ontem, tentar receber o dinheiro. Como ele não teria conseguido negociar, chamou Souza para cobrar a dívida.
Quando o vendedor parou o carro e desceu em frente a casa do devedor, levou o primeiro golpe no peito e tentou fugir, mas ao cair na esquina da rua, teria levado mais duas facadas do amigo. A mulher de Souza, que foi com ele cobrar a dívida, presenciou todo o crime. A família da vítima não foi encontrada pela reportagem.

Conterrâneos
Conterrâneos do Estado do Ceará, os amigos trabalhavam juntos há vários anos vendendo roupas de cama na capital e região. "Eles eram amigos há muito tempo, praticamente comiam no mesmo prato, mas há alguns meses começaram a se desentender por causa de mercadorias", afirmou uma cunhada de Valdir, que pediu para não ter o nome revelado.

De acordo com ela, Ribeiro já tinha se desligado de Souza e estava trabalhando em uma padaria perto da casa dele. Ela afirma que tentou impedir o assassinato, mas o cunhado estava muito nervoso.
Fonte: O Tempo