Comandante dos Bombeiros se manifesta sobre denúncias

bombeiroIPATINGA - O comandante do Corpo do Bombeiros no Vale do Aço Neri de Mattos disse ao DIÁRIO POPULAR ontem (25) que algumas das denúncias feitas por membros da instituição não procedem. Mattos mostrou a grade de empenho de profissionais para o final de semana, apontando para a presença de cinco bombeiros na unidade.
Porém, foi informado que a reportagem esteve presente na unidade no último sábado e constatou a presença de apenas três bombeiros. Um deles, na função de sentinela e por determinação médica, estava impossibilitado de dirigir. "O correto é o cumprimento da escala e esta previa a presença de cinco. O normal seria o número de sete bombeiros, mas um está de férias e outro licenciado. Vamos apurar o caso, uma vez que não fui comunicado da falta ou necessidade de aumento de efetivo", disse o oficial.
Outro ponto questionado por militares do Corpo de Bombeiros de Coronel Fabriciano e divulgado pelo DIÁRIO POPULAR, na edição de domingo (24), diz respeito à existência de apenas uma viatura para atender ao município e outras localidades. Neri de Mattos reconheceu o fato. Outras duas viaturas estão em manutenção. "Essas viaturas não foram retiradas de circulação por falta de manutenção e sim estão em oficinas passando por reparos. Pode ocorrer de em um acidente ser necessário o empenho de mais de uma viatura e a fração de Coronel Fabriciano não ter como atender a uma segunda ocorrência. Quando isso ocorre, o comandante da fração tem que entrar em contato com Ipatinga para que reforços sejam empregados", explicou. Em se tratando da permanência de uma viatura por semanas em uma oficina, Mattos esclareceu que se deve à burocracia para liberação de verba. A 2ª Companhia de Bombeiros Militar é subordinada a Governador Valadares. "Se fôssemos elevados à condição de Batalhão, tudo seria resolvido mais rápido. Quando uma viatura estraga, fazemos o orçamento e comunicamos a Governador Valadares. Por sua vez, o setor responsável dos bombeiros de Valadares encaminha on line o pedido para Belo Horizonte e somente após empenho o veículo vai ser liberado da oficina", contou.
O oficial reconheceu a necessidade de aumento de efetivo, novas viaturas e principalmente de uma nova sede para o pelotão em Coronel Fabriciano. "A sede da nossa unidade na verdade é uma residência alugada pela prefeitura. O imóvel é pequeno e, para se ter uma ideia, tem viaturas e até mesmo barcos que não cabem naquele espaço físico. Temos que estar resolvendo esse problema o mais rápido possível. Mas se analisarmos o Corpo de Bombeiros no Vale do Aço há alguns anos e compararmos hoje, sem sombra de dúvidas tivemos muitos avanços. Contamos com equipamentos de última geração e viaturas novas. Isso se deve à taxa da incêndio. Mas existem carências e trabalhamos para solucioná-las", posicionou-se.
PERSEGUIÇÃO
O capitão da 2ª Companhia de Bombeiros com sede em Ipatinga Neri de Mattos não descarta a possibilidade de estar sendo alvo de uma perseguição. A hipótese se deve a alguns procedimentos instaurados e outros em fase de conclusão contra desvios de conduta de alguns membros da corporação. ?Não estou preocupado com quem fez as denúncias. Mas acho que pode ser articulação de alguém para tentar me prejudicar. Nunca escondi nada da imprensa, todos os profissionais no Vale do Aço são provas da minha postura. O problema é que agir corretamente causa insatisfação em que não tem compromisso com a corporação. A situação aqui quando assumi não era das melhores e estamos moralizando?, concluiu o oficial. (Rodrigo Neto)

fonte: Diário Popular

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