Minas Gerais registrou, entre julho de 2009 e julho de 2010, 12 casos da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). O número foi divulgado ontem pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, em Brasília, e confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
"Certamente, em muitos desses casos, a pessoa já se tratou e voltou para casa", disse Barbano. O órgão mineiro não soube informar, no entanto, se algum dos 12 pacientes continua internado. Segundo a assessoria de imprensa da SES, o órgão apenas é comunicado sobre os registros de casos e sobre as mortes, quando ocorrem.
Segundo comunicado da SES, quando a bactéria está presente em um ambiente hospitalar, é necessário fazer a notificação. "Porém, a presença dela não quer dizer, necessariamente, que houve um surto ou que a mesma causou alguma morte. Ressaltamos, ainda, que até o momento não houve nenhuma notificação de surto ou morte provocados pela bactéria".
"Notificar 12 bactérias não significa nada porque estamos convivendo há anos com várias outras espécies de bactérias tão resistentes e perigosas quanto essa nos hospitais mineiros. Se formos contar todos os tipos que já rondam os hospitais, vamos encontrar centenas delas", afirma o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, Carlos Starling.
Pelo país. Segundo Barbano, os dados notificados à Anvisa pelas secretarias de saúde mostram que a situação em Brasília, com 18 mortes, é a mais preocupante. São Paulo registrou 70 casos entre julho de 2009 e outubro de 2010, com 24 mortes. Em outros três Estados, como Minas, os dados se referem ao período de julho de 2009 a julho de 2010: três casos no Espírito Santo, quatro em Goiás, e três em Santa Catarina. O Paraná teve 24 casos registrados e a Paraíba, 18. (Com agências)
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