PC indicia dono do revólver usado em homicídio

A Polícia Civil de Timóteo remeteu à Justiça, na tarde desta quarta-feira (27), o inquérito que investigou a origem da arma usada no assassinato do estudante Hiago Amanço Lopes Soares, de apenas 9 anos, morto com um tiro no pescoço efetuado pelo próprio primo – outro garoto quatro anos mais velho – no último dia 13. As apurações ficaram sob a responsabilidade do delegado Gilmaro Alves, que indiciou o soldador Marciano Santos Soares, 31, proprietário do revólver calibre 38 utilizado no crime.  
Hiago foi assassinado quando pescava no rio Piracicaba – há cerca de 200 metros do Bairro Nova Esperança, em Timóteo – com o primo de 13 anos e também com um adolescente de 15. As primeiras informações colhidas pelo jornal VALE DO AÇO no local do homicídio davam conta que, de repente, o rapaz mais velho sacou um revólver e entregou ao garoto de 13, dizendo que não havia munições. Acreditando que arma estava mesmo descarregada, o menino a apontou em direção ao primo Hiago e apertou o gatilho. A vítima ainda correu por uma trilha, mas caiu sem forças e perdeu a vida antes da chegada de uma ambulância do serviço municipal de saúde.
Ainda no dia do crime, o rapaz de 15 anos se defendeu dizendo que não entregou a arma para ninguém. Ele disse ainda que Hiago e o primo pegaram o revólver por conta própria e brincavam de “Tropa de Elite” - em alusão ao filme de sucesso no Brasil -  pouco antes de o disparo fatal ter sido efetuado.
Investigações
O delegado Gilmaro Alves presidiu o inquérito concluído nesta quarta-feira e deu detalhes de como tudo transcorreu. “Esses dois garotos, tanto o de 9 anos que efetivou a ação, ou seja, que disparou, quanto o de 15 que repassou a arma de fogo a ele, foram encaminhados ao Ministério Público e posteriormente aos seus responsáveis legais. Entendemos que esses menores devem ser acompanhados por psicólogos, pois são meninos que estarão sujeitos a ter algum tipo de problema. Pudemos constatar que não eram pessoas marginais, que não eram menores infratores e sim crianças de bem. O assassinato foi tipificado como um homicídio culposo (quando não se tem a intenção de matar), ou seja, um ato infracional análogo ao homicídio culposo”, explicou.(JVA online)