Vôlei - Cruzeiro solta nota oficial sobre homofobia

O Cruzeiro divulgou uma nota oficial minimizando os fatos ocorridos durante a partida contra o Vôlei Futuro, disputada em casa, quando o jogador Michael, do time paulista, sofreu preconceito por parte dos torcedores locais.

A equipe mineira reconheceu o mau comportamento da torcida local, que ofendeu o atleta pela sua orientação sexual, e o apoiou em sua insatisfação pelo caso. No entanto, afirmou tratar-se de uma situação bastante comum no meio do esporte.

Além disso, o Cruzeiro lamentou que, em sua opinião, o Vôlei Futuro esteja se valendo da situação para criar polêmicas, e reafirmou o fato de o time ter uma postura duvidosa e um histórico de "criar confusões" durante a Superliga Masculina.

Confira a íntegra da nota oficial do Cruzeiro sobre o caso:


Na última partida do Cruzeiro contra o Vôlei Futuro, nada ocorreu que já não tivesse acontecido, em maior ou menor grau, em outros jogos da Superliga de Vôlei. Nossos atletas, em vários ginásios pelo Brasil, também recebem gritos das torcidas adversárias, mas como profissionais são treinados para conviver e atuar com as provocações.

A torcida emoldura o esporte competitivo. Campeões do mundo e olímpicos, consagrados na história do vôlei, já passaram por inúmeras provas. E as venceram por sua capacidade profissional.

As alegações do jogador Michael são totalmente genuínas e ele merece respeito. Temos a maior estima pelo atleta, que poderia perfeitamente integrar os quadros do Sada Cruzeiro, independentemente de suas opções e escolhas pelas quais temos absoluto respeito.

A equipe Cruzeiro abomina qualquer tipo de atitude discriminatória e considera que deve haver uma orientação e conscientização dos torcedores de maneira geral, em todo o país.

Lamentamos que o time adversário recorra, fora da quadra, para a prática de acusações extemporâneas. E que tenha escolhido exatamente o momento após a derrota para lançar uma campanha contra a homofobia, que é absolutamente válida, mas que veio acompanhada de fantasiosas e irresponsáveis acusações, como a falta de policiamento, não atendimento no número de ingressos solicitados, seguranças supostamente bêbados trabalhando no jogo em Contagem e outras afirmações, que além de não ter qualquer precedente, são movidas com o intuito de criar um clima de guerra nas semifinais da competição.

Não estranhamos a postura do Vôlei Futuro, que já foi responsável por várias confusões em quadra e fora dela nesta Superliga, ainda na fase classificatória.

Esperamos que no segundo jogo da semifinal em Araçatuba-SP a equipe Cruzeiro possa ser recebida em conformidade com o regulamento da CBV, entidade esta que não relatou nenhum problema técnico na partida realizada em Contagem. Um relatório da Polícia Militar atesta que o policiamento foi suficiente e não foi registrado incidente dentro ou fora do ginásio, antes, durante ou depois do jogo, garantindo segurança a todos os presentes.

Diretoria do Cruzeiro

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