ESPOSA TERIA DESCOBERTO TRAIÇÃO: Dono de fábrica de lâmpadas é acusado de tentar matar amante

Sem comprovar, a vendedora disse que está recebendo ameaças de morte por telefone

Uma vendedora de bolsas de grife, de 31 anos, acusa um empresário, dono de uma fábrica de lâmpadas de Belo Horizonte, de tentar matá-la a socos e pontapés porque a esposa dele teria descoberto a traição. A agressão ocorreu na última quinta-feira, dia 30, no bairro Copacabana, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Após bater nela, o homem ainda teria tentado passar por cima da vítima com o carro.

O caso é investigado pela Delegacia de Mulheres de Belo Horizonte. A mulher, que pede para não ter o nome revelado, disse que foi amante do empresário por seis meses e que agora está sendo ameaçada de morte por ele.

"Desde os primeiros encontros, ele dizia que era casado mas estava se separando, porque o relacionamento não estava dando certo e, por isso, queria ficar comigo". A mulher disse que chegou a terminar a relação por causa do casamento do amante, mas por insistência dele teria retomado os encontros.

Era por volta de meia-noite de quinta-feira quando a vendedora disse que recebeu uma ligação de um amigo do amante, que também é conhecido dela. O homem é sócio do empresário e dono de uma empresa de ônibus de turismo. "Ele me ligou propondo um encontro entre eu e meu amante, em frente a uma drogaria na região da Pampulha, para discutirmos a relação".
Desconfiada, a mulher disse que resolveu seguir para o condomínio onde mora o amante, no bairro Copacabana. Na companhia de um amigo, que a levou, ela ficou parada próxima à portaria, quando recebeu uma ligação do amante para descer do carro para uma parte mais à frente e sair do local onde estava, porque os dois poderiam ser vistos pela esposa traída.

Foi nessa hora que tudo teria acontecido. Segundo a vendedora, antes de descer do carro, surgiram outros três veículos. "Ficamos presos. Quando o vi (o amante), ele estava chutando a porta do lado em que eu estava e conseguiu me retirar do carro. Fui espancada por ele, que não explicou o motivo da violência. Corri, mas ele foi atrás e jogou o seu Jeep em mim", lembra.

Depois de atropelada, a mulher ficou com vários ferimentos e seguiu para o condomínio do amante para pedir socorro. Ela acabou indo para a casa do amante, onde estava a esposa traída. "Eu mostrei a ela o que seu marido havia feito e ela disse para eu entrar, que iria cuidar de mim. Assim que entrei, ela trancou a porta. O marido dela apareceu e os dois passaram a me espancar".

A vítima disse que ficou no imóvel por cerca de 30 minutos e só saiu de lá porque teria gritado, chamando a atenção dos vizinhos. A esposa traída acabou abrindo a porta. Assim que chegou à portaria, a vendedora foi socorrida por militares, acionados pelo motorista que estava com a vendedora. Ela foi encaminhada a Pronto-Socorro João XXIII. Um laudo médico revela que ela teve vários hematomas no rosto e no braço direito, tendo também sofrido uma fratura no pé. Ao todo foram 62 pontos somente na cabeça.

Medida protetiva
A chefe da Divisão de Proteção à Mulher de Belo Horizonte, delegada Margareth Freitas, disse que, em função das supostas ameaças que a vítima estaria recebendo por telefone foi pedida à Justiça uma medida protetiva, para garantir que o empresário fique longe da vendedora.

Outra versão

O amante da vendedora e o empresário amigo dele que seria o cúmplice da agressão foram procurados nas próprias empresas, mas não retornaram às várias ligações da reportagem. Eles também não atenderam os celulares. No entanto, um Boletim de Ocorrência da Polícia Militar dá outra versão para o caso. Conforme o documento, a mulher teria tido um relacionamento amoroso com o empresário e depois teria feito alguns programas sexuais com ele. Desde então, ela não teria recebido pelo trabalho.
O encontro da última quinta-feira seria para fazer o pagamento dela. No entanto, a vendedora nega a versão da PM, garantindo que não é garota de programa. "A esposa dele descobriu a traição e ele deve ter dito que sou garota de programa e que estaria chantageando-o. Acho que isso foi feito para evitar o seu divórcio e a divisão dos seus bens com a esposa traída", diz a mulher. (RV)
Fonte: O Tempo