Empresário é morto a tiros em bar no Bairro Veneza II

Jhonatan Calixto, 27, sobrinho de Osvaldo dos Reis Gomes (detalhe), disse que o tio era uma pessoa de bem


27-09-2011 19:51
IPATINGA – A polícia investiga o que pode ter motivado a execução do empresário Osvaldo dos Reis Gomes, de 49 anos, alvejado em um bar próximo à sua residência na Rua Santarém, no Bairro Veneza II, em Ipatinga. O crime aconteceu por volta das 23h do último sábado (24). Segundo relato de testemunhas, Osvaldo havia consumido bebida alcoólica com os amigos e já estava de saída quando voltou para dentro do estabelecimento após não ter conseguido fazer seu veículo funcionar. Neste momento, um motociclista teria passado pela rua e, sem levantar o capacete, teria proferido quatro disparos de arma de fogo contra a vítima, que foi atingida na região do tórax e do intestino.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o proprietário do bar disse que viu Osvaldo entrando no estabelecimento pela porta da frente quando uma pessoa de cor clara, com aproximadamente 1,70m de altura, efetuou os disparos contra o empresário e fugiu. A testemunha relatou também que teria escutado a vítima dizer: “Não atire em mim, você é meu amigo”.

Filho do “Coelho”
Ainda conforme o Boletim de Ocorrência, os bombeiros militares que prestaram os primeiros socorros a Osvaldo teriam informado que o empresário, ainda consciente, informou que quem atirou nele era o filho do “Coelho”. A vítima teria dito ainda que conhecia os motivos da tentativa de homicídio, porém não iria dizer.

Laudo do Hospital
Já no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, Osvaldo foi recebido pela equipe de plantão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na sala de atendimento médico, às 00h05. O corpo do empresário foi encaminhado para o IML e sepultado nesta segunda-feira (26) no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga.

Familiares inconformados
Durante o velório do empresário, no Cemitério Parque Senhora da Paz, o sobrinho de Osvaldo, Jonathan Calisto, 27, lamentou o ocorrido e fez um apelo para que a polícia investigue os fatos. “Todo crime tem que ser apurado, é isso que nós da família esperamos. Até mesmo para a família saber o que aconteceu na verdade. O que nos contaram foi que ele estava tomando cerveja e saiu para ir embora, mas precisou voltar, e quando voltou já estava baleado pedindo socorro. Nos contaram que ele fechou a porta do bar e sentou lá dentro para esperar a chegada do resgate. Segundo o que eu sei, ele estava consciente. A história ainda está muito confusa, não tínhamos conhecimento de que ele estava sendo ameaçado. Pelo menos pra mim, ele nunca comentou isso”, falou.

Funcionária de Osvaldo Gomes há quase dois anos, Dejanira Calixto diz que era uma pessoa de confiança da vítima. “O Osvaldo era uma pessoa de bem, ele era carinhoso. Nós que trabalhávamos para ele não temos nada a reclamar. Claro que como patrão, às vezes ele corrigia a gente, mas isso é normal, tem que corrigir aquilo que está errado. Estão falando por aí certas coisas que não têm fundamento, ele não deve nada a ninguém e sempre fez o bem. Ele não tinha problema com ninguém mesmo. Sempre ele viajava para resolver os problemas da loja e quem assumia as coisas dele era eu, que era a segunda pessoa de confiança dele. Nós comprávamos ouro à vista, e somente peças apresentadas por pessoas com documento. A pessoa assinava para nós um documento, tudo certinho”, falou.

Questionada sobre a possibilidade de um latrocínio, Dejanira garantiu: “Não acredito que seja assalto. Na hora do crime ele estava usando um relógio muito bom de marca, dois cordões de ouro, anéis nos dedos, pulseira, e estava com mais de R$ 3 mil no carro. Eu sei que ele estava com isso, porque sempre que ele ia viajar falava para mim o que estava levando, e nada foi levado pelo criminoso”, comentou.



Fonte: JVA Online

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