Polícia procura por homem suspeito de matar bebê que teve com a própria filha


21-09-2011 18:42
Segue foragido o homem de 50 anos suspeito de matar o próprio filho recém-nascido no município de Patrocínio, no Alto Paranaíba. De acordo com a polícia, o crime ocorreu no mês passado e a bisavó da criança, de 75 anos, está presa suspeita de ter participado da morte e ocultar o corpo do bisneto.
Segundo a Polícia Militar, o bebê seria fruto de um abuso sexual do filho dela, de 52 anos, com a neta, de 19. Conforme investigações, a jovem era abusada sexualmente desde os 12 anos. A menina engravidou do pai pela primeira vez quando tinha 14 anos. Ele a obrigou a tomar remédios abortivos. Em depoimento, a mãe da jovem alegou que nunca desconfiou de nada. O suspeito ameaçava a filha de morte caso ela contasse para qualquer pessoa sobre os estupros.
A jovem resolveu levar a última gravidez adiante. De acordo com as investigações, ela fez isso parater uma prova contra o pai. Acontece que, no dia do parto, o suspeito chamou a mãe dele, que morava com a família, para auxiliá-lo. A idosa fez o parto do bisneto, e imediatamente entregou a criança ao filho dela. Segundo a mãe do bebê, a criança chorou, o que descarta a hipótese de a criança ter nascido morta.
De acordo com os policiais, o homem enterrou o recém-nascido em uma toca de tatu, a 150 metros da casa da família, no terreno de um vizinho, na comunidade, para facilitar o crime. Dias depois, o corpo foi encontrado por cachorros dos vizinhos, que chegaram a comer parte dos restos mortais. Por isso, ainda não se sabe qual o sexo da criança.
Quando identificaram a mãe da criança, a polícia a questionou a respeito da paternidade, ela afirmou que seria de um suposto namorado. Com a falta de dados consistentes a respeito deste parceiro, e informada de que poderia ter problemas por ocultar um crime, a jovem contou toda a história aos investigadores. Porém, quando o corpo da criança foi encontrado, o suspeito fugiu.
A bisavó da criança, que fez o parto, está presa na Penitenciária Deputado Expedito Faria Tavares, em Patrocínio. Ela vai responder por homicídio e ocultação de cadáver. Já o filho dela vai responder, além desses crimes, por estupro e aborto, de acordo com o delegado.

O delegado regional de Patrocínio, Sérgio Elias Dias, afirma que há informações de que o suspeito esteja foragido no estado de Alagoas, sua terra natal. “Já entramos em contato com a polícia de lá, uma vez que a família afirmou que o suspeito tem muitos parentes no estado”, disse. Dias ainda afirma que ainda não foi possível descobrir se o bebê foi enterrado vivo, devido ao avançado estado de decomposição do corpo.

Fonte: O Tempo

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