16-12-2011 17:32
Anchieta afirma que apenas o Governo do Estado está investindo para a reabertura do hospital de Fabriciano - Crédito - Foto: Vinicius Ferreia/JVA Online |
Segundo Anchieta Poggiali, Gerente Regional de Saúde, já na próxima semana deverá ser marcada reunião entre representantes da Advocacia Geral da União e os donos do imóvel, para selar a desapropriação. O Gerente de Saúde não pôde precisar uma data de reabertura, por ainda depender de questões burocráticas. O Hospital São Camilo – que substitui o Siderúrgica - deverá disponibilizar pronto-socorro, clínica médica, pediatria e ortopedia, que representam cerca de 70% da demanda hospitalar do Vale do Aço.
O relatório da vistoria da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, realizada no imóvel em 22 de novembro, determinou uma indenização de R$ 10.290.000,00.
Custeio partilhado
Anchieta afirmou que o Estado investirá mais de R$12 milhões no novo hospital, para a desapropriação, reforma e compra de equipamentos. “Somente o Estado está trabalhando na reabertura do hospital, investindo dinheiro neste primeiro momento. Se foi fechado por má gestão da mantenedora ou da gerência de saúde básica no município eu não posso afirmar. Mas nós estamos reabrindo”, declarou. Ele explicou também que, depois de reaberto, o custeio será dividido entre Estado e União: R$ 250 mil mensais do convênio com o Governo Federal, R$125 mil mensais do Governo do Estado, cerca de R$ 25 mil mensais do convênio de Urgência e Emergência, também com o Estado, e mais R$ 40 mil do programa Pro-hosp. Além destes valores, há ainda o repasse do Sistema Único de Saúde, que está relacionado ao número de atendimentos. “O município não tem participação no custeio, ele vai investir apenas no atendimento básico”, afirmou Poggiali.
São Camilo aguarda desfecho
A nova mantenedora, a Associação São Camilo, foi procurada pela reportagem do Jornal VALE DO AÇO para apresentar uma previsão do início das atividades do novo Hospital São Camilo. A assessoria informou que, enquanto a desapropriação não for oficializada e o contrato de cessão e convênio não for assinado, a situação continua a mesma. A São Camilo afirmou que, após ‘entrar’ no imóvel, precisará de 30 a 45 dias para poder disponibilizar o pronto-atendimento. Para o funcionamento em 100% da capacidade serão necessários de três a quatro meses.
Sindicato não pedirá mais leilão de prédio
Ao saber da informação de que já teria sido publicado o decreto da desapropriação do Hospital Siderúrgica, o presidente do Sindicato dos Empregados nos Estabelecimentos de Saúde do Vale do Aço (Sindees), Aguiar dos Santos afirmou que o estrangulamento das unidades hospitalares da região deixará de existir com a reabertura da instituição. Segundo ele, o sindicato vai acompanhar de perto todo o processo para evitar que os 230 funcionários sejam lesados de alguma forma. Nesta sexta-feira (16), o Sindees vai solicitar ao Ministério Público do Trabalho o cancelamento do leilão do prédio e equipamentos do hospital, que havia sido requerido na justiça no início de novembro. Também será solicitado que seja revelado de quanto é o montante total da dívida trabalhista da Associação Beneficente São Sebastião, antiga mantenedora do Siderúrgica. Aguiar dos Santos acrescenta que vai pedir à justiça que proceda o bloqueio desse exato valor tão logo o governo do Estado deposite o recurso da desapropriação, garantindo os acertos rescisórios.
Aguiar afirma que 60% dos trabalhadores não receberam nem o FGTS e nem o seguro-desemprego. O acerto por tempo de serviço ainda não foi pago a nenhum funcionário.
Fonte: JVA Online
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