06-12-2011 11:00
Governador Valadares, no Leste de Minas, é a única cidade mineira na lista dos 48 municípios do país com risco de enfrentar uma epidemia de dengue. O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LirAa) acusou a existência de criadouros do mosquito transmissor da doença em 6% dos imóveis. A taxa máxima aceita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 1%. Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um apelo para que os brasileiros acabem com os focos do Aedes dentro de casa. Na Região Sudeste, as larvas “nascem” principalmente em vasos de plantas, pratos, bromélias, ralos, lajes e piscinas.
Belo Horizonte está fora da zona de perigo para a doença, mas cinco municípios de Minas terão que rever as estratégias de combate à dengue na tentativa de evitar uma avalanche de casos. Segundo o LirAa divulgado pelo Ministério da Saúde, Ipatinga (Vale do Aço), Ituiutaba (Triângulo), Bom Despacho (Centro-Oeste) e Mário Campos (Região Metropolitana de Belo Horizonte) devem ficar alertas. Em compensação, Janaúba (Norte), João Monlevade (Vale do Aço), Poços de Caldas (Sul), Manhuaçu (Zona da Mata) e Conselheiro Lafaiete (Região Central) têm taxas de infestação próximas a zero. No Estado, foram notificados 61.065 casos de dengue este ano, contra 261.915 em 2010, uma queda de 76,6%.
Para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a situação de Minas, agora, é estável. “O mapa (do Ministério) mostra resultados satisfatórios em 85 municípios considerados prioritários”, diz a coordenadora de Zoonoses da SES, Mariana Gontijo.
Nesta segunda-feira (5), o ministro da Saúde anunciou o repasse de R$ 90 milhões para a qualificação das ações de prevenção e controle da dengue em 989 municípios do país. As cidades deverão assinar um termo de adesão com o compromisso de realizar ações de vigilância epidemiológica, além de medidas voltadas para a assistência dos pacientes.
Dos 561 municípios brasileiros onde o LirAa foi feito, 48 correm risco de epidemia, 236 estão em alerta (com índice de infestação entre 1% e 3,9%) e 277 têm desempenho satisfatório (abaixo de 1%). Alexandre Padilha lembra que o resultado do levantamento não significa que a situação seja irreversível. E aconselha a intensificação das medidas de prevenção à doença.
O secretário-adjunto de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, atribuiu a redução da infestação às campanhas realizadas na Capital e ao engajamento da população.
Fonte: Hoje em Dia
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