Siderurgia e mineração vão criar 18 mil vagas até 2013

Qualificação. Mineração e siderurgia
têm dificuldade em contratar
 mão de obra qualificada
As grandes empresas de mineração e siderurgia estimam a criação de cerca de 18 mil vagas em Minas Gerais até 2013, com o aumento da demanda em função dos projetos em curso no Estado. O desafio, porém, é encontrar mão de obra qualificada para preenchimento dos postos. 
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) revela que 86% das empresas entrevistadas têm dificuldades para recrutar e contratar pessoal qualificado para as áreas de produção e manutenção. O levantamento é de 2008, mas os problemas são os mesmos até hoje.

Educação. Outra dificuldade detectada pela indústria é a baixa escolaridade. Em Minas, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad), 53,19% das pessoas com 10 anos ou mais de idade têm menos de oito anos de estudo. O percentual é maior do que a média brasileira (50,63%) e também da região Sudeste (44,51%). Com isso, boa parte da população mineira fica impedida de realizar cursos técnicos, pois a exigência mínima da indústria tem sido o ensino médio, segundo avaliação do próprio Senai Minas.

Balanço. "Se a população não tem uma educação básica que a possibilite de ingressar no curso técnico, isso reflete na indústria. Então, é sim um fator complicador", afirma a coordenadora interina da gerência de educação profissional do Senai Minas, Alessandra Teixeira. Ela ressalta que houve um aumento da procura de cursos técnicos, mas a demanda ainda não seria suficiente para suprir a oferta.

Apenas para atender os segmentos da mineração e siderurgia, o Senai qualificou nos últimos três anos 28,9 mil pessoas. Em média, 70% dos alunos são direcionados para a cadeia produtiva do chamado Consórcio Minero-Metalúrgico. Criado em 2008 para atender as demandas específicas das empresas, o consórcio é formado por 16 grandes empresas, incluindo Vale, Usiminas, Vallourec Mannesmann, Anglo Ferrous , Arcelor Mittal e Companhia Siderurgia Nacional (CSN).

De acordo com a pesquisa, a falta de qualificação e profissionais sem experiência na função produtiva das fábricas são as principais dificuldades das empresas na hora do recrutamento profissional. Metade das empresas entrevistadas também tem dificuldade em conciliar a capacitação do seus empregados com o ritmo da produção.

O estudo foi feito com 333 indústrias mineiras, não só do segmento minero-metalúrgico, como também do setor têxtil, fabricação de veículos, construção civil, setor público entre outros. Isso revela que o problema é generalizado. fonte: O tempo

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