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Qualificação. Mineração e siderurgia têm dificuldade em contratar mão de obra qualificada |
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) revela que 86% das empresas entrevistadas têm dificuldades para recrutar e contratar pessoal qualificado para as áreas de produção e manutenção. O levantamento é de 2008, mas os problemas são os mesmos até hoje.
Educação. Outra dificuldade detectada pela indústria é a baixa escolaridade. Em Minas, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad), 53,19% das pessoas com 10 anos ou mais de idade têm menos de oito anos de estudo. O percentual é maior do que a média brasileira (50,63%) e também da região Sudeste (44,51%). Com isso, boa parte da população mineira fica impedida de realizar cursos técnicos, pois a exigência mínima da indústria tem sido o ensino médio, segundo avaliação do próprio Senai Minas.
Balanço. "Se a população não tem uma educação básica que a possibilite de ingressar no curso técnico, isso reflete na indústria. Então, é sim um fator complicador", afirma a coordenadora interina da gerência de educação profissional do Senai Minas, Alessandra Teixeira. Ela ressalta que houve um aumento da procura de cursos técnicos, mas a demanda ainda não seria suficiente para suprir a oferta.
Apenas para atender os segmentos da mineração e siderurgia, o Senai qualificou nos últimos três anos 28,9 mil pessoas. Em média, 70% dos alunos são direcionados para a cadeia produtiva do chamado Consórcio Minero-Metalúrgico. Criado em 2008 para atender as demandas específicas das empresas, o consórcio é formado por 16 grandes empresas, incluindo Vale, Usiminas, Vallourec Mannesmann, Anglo Ferrous , Arcelor Mittal e Companhia Siderurgia Nacional (CSN).
De acordo com a pesquisa, a falta de qualificação e profissionais sem experiência na função produtiva das fábricas são as principais dificuldades das empresas na hora do recrutamento profissional. Metade das empresas entrevistadas também tem dificuldade em conciliar a capacitação do seus empregados com o ritmo da produção.
O estudo foi feito com 333 indústrias mineiras, não só do segmento minero-metalúrgico, como também do setor têxtil, fabricação de veículos, construção civil, setor público entre outros. Isso revela que o problema é generalizado. fonte: O tempo
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