Dnit descarta acelerar obras mesmo após nova tragédia

São anos de repetidas tragédias. Mortes transformadas em meras estatísticas. Uma via que se tornou o retrato do medo e do caos. No entanto, nada disso estimulou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a tomar providências urgentes para reduzir o risco de acidentes com vidas perdidas, como o ocorrido na última sexta-feira, quando cinco pessoas morreram na rodovia.

"Não há medidas para serem implementadas para ontem ou para amanhã. É impossível fazer mágica", afirmou ontem o chefe de engenharia de trânsito do Dnit em Minas, Álvaro Campos Carvalho. Só em 2010, foram registradas 39 mortes no Anel. O número é um recorde dos últimos cinco anos.
Drama. Na última sexta, carreta bateu
em caminhão e arrastou 14 carros;
cinco pessoas morreram

As obras de revitalização da rodovia, orçadas em R$ 1,18 bilhão, não devem ser antecipadas. Ainda segundo Carvalho, o edital só deve ser concluído no final de abril ou no início de maio. "Numa licitação desse porte, precisamos seguir os prazos legais. Isso quer dizer que precisaremos de pelo menos 90 dias para começar a execução das obras", pontuou.

Os próximos passos previstos para tentar mel horar a situação no local só devem começar a ser implantados no fim de fevereiro. "Vamos melhorar a sinalização e também colocar mais três radares: um na descida do Anel, outro próximo a vila Paraíso e outro na altura do viaduto do Betânia. Mas eles só devem estar em pleno funcionamento no final do mês", afirmou Carvalho.

A possibilidade de limitação de tráfego de veículos de carga em horários determinados pelas autoridades de trânsito ainda não foi objeto de estudos do Dnit, apesar de a medida ter sido adotada na avenida Nossa Senhora do Carmo. "Temos que avaliar a viabilidade de adoção dessa medida no Anel".


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