Suspeito de assassinato em Iapu é denunciado pelo MP

IAPU – Através de exames de DNA, a Polícia Civil identificou um homem acusado de estar por trás do homicídio da garçonete Helenice Lopes de Barros, de 30 anos, que teve o corpo jogado às margens da BR-458, em Iapu, no dia 19 de abril do ano passado. O cadáver, completamente sem roupas e com um corte profundo no pescoço, foi encontrado no início da manhã daquele dia por um transeunte. À frente das investigações, o delegado Célio Las Casas apurou que um morador de Ipatinga teve participação efetiva no crime. Sidivânio Maia dos Santos foi indiciado pelo policial civil, que remeteu o inquérito à Justiça. O suspeito já foi denunciado pelo Ministério Público (MP) e deverá ir a júri popular em breve. Ele responde às acusações em liberdade.  

Ao jornal VALE DO AÇO, Célio Las Casas revelou como as investigações transcorreram. “Tudo foi muito instigante para nós, pois no local do crime só havia o corpo e nenhum outro sinal de que ali teria sido executada a morte de Helenice. Não havia roupas, nem documentos, não tinha nada da vítima. O cadáver havia sido lavado e não tínhamos nenhum indício imediato que poderia identificar os assassinos. Foi um homicídio muito difícil de apurar e que demandou várias diligências”, afirmou o policial civil. 

Helenice gostava de freqüentar o ‘Forró Samuray’, evento que era realizado aos finais de semana no centro de Iapu. “A última vez que foi vista com vida, ela tinha saído desse forró e foi para uma lanchonete, onde um rapaz se aproximou dela e começou a fazer galanteios, convidando-a para sair. Eles deixaram o local em um Gol verde”, explicou o delegado.

Segundo Célio Las Casas, várias pessoas foram investigadas durante o andamento do inquérito. “Não sabemos o local que Helenice foi executada, mas conseguimos descobrir quem a matou. Fizemos um retrato falado desse último rapaz que teve contato com ela na lanchonete. A partir desse retrato falado, nós começamos a levantar alguns suspeitos. Um reconhecimento foi feito, mas não foi definitivo para apurar quem era o autor do crime, já que duas testemunhas tiveram divergências em apontá-lo. Depois nós tivemos um trabalho de exames no corpo e descobrimos sinais, vestígios de DNA de Sidivânio”, informou o policial civil. “Para nós da Polícia Civil está claro que foi ele quem praticou o crime, pois o exame de DNA é muito preciso. O inquérito foi concluído para a Justiça e Sidivânio já foi denunciado pelo Ministério Público (MP). Tanto a polícia quanto o MP estão convictos de que ele é o responsável pelo assassinato dessa garçonete”, completou o delegado. 

Violência sexual 
A vítima foi brutalmente morta e também pode ter sido violentada sexualmente. “Helenice tinha um líquido na vagina. Havia também cortes na mão que podem ter sido ocasionados na hora em que ela tentou se defender dos golpes de faca. Todo o corpo dela foi analisado e nós colhemos material de diversas partes do cadáver. Foi no meio desse material que encontramos o DNA de Sidivânio. Ele morou poucos meses em Iapu, onde trabalhava como caseiro em um sítio. Logo após o crime, Sidivânio voltou para Ipatinga, achando que dificultaria o trabalho da polícia”, discorreu Célio Las Casas. 

Apesar de o inquérito ter sido concluído e remetido à Justiça, o delegado relata que mais pessoas acusadas de terem tido participação no crime continuam sendo investigadas. “Temos um suspeito que tinha um conflito com a vítima anteriormente, pois ela era uma relação extraconjugal dele. Havia um romance e Helenice estava apaixonada por esse rapaz, que fez várias ligações para ela. Não descarto a possibilidade da participação desse homem, mas ainda não posso afirmar que ele ajudou o Sidivânio a cometer o homicídio, que ele seja um co-autor”, finalizou Célio Las Casas. 

Vítima 
Helenice residia na Rua Quirino Pena, no centro de Iapu. De acordo com a Polícia Militar, ela era uma pessoa conhecida pela agitada vida noturna que levava. “A vítima freqüentava bares e fazia uso de bebidas alcoólicas constantemente. Temos conhecimento de que ela também estaria envolvida em prostituição”, comentou, no dia do assassinato, o sargento Santana. O corpo da garçonete foi localizado na BR-458, perto da entrada para a rodovia A-900, que dá acesso ao distrito de Bugre. O pescoço dela quase foi decepado. 

fonte: JVA online

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