ASSASSINATO NO CIDADE NOVA: “Ele falava que só ia perdê-la para a morte”, diz irmã da vítima

“A gente sabia o que o marido dela era capaz de fazer, pois ele já havia tentado matá-la uma vez”, afirmou a irmã, Ângela Gomes - Crédito: Foto: AKR/JVA online
16-09-2011 15:26
IPATINGA – Após ser submetido a exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga, o corpo de Andréia Lima Gomes da Costa Batista, de 32 anos, foi levado nesta quinta-feira (15) para o Rio de Janeiro. Os familiares dela residem no estado fluminense e é lá, no Cemitério do Caju – na zona norte da capital carioca –, que o sepultamento ocorrerá nesta sexta (16). Na manhã de quarta (14), Andréia foi executada com tiros na cabeça efetuados pelo próprio marido, o serralheiro Oldair Matias de Menezes, que está foragido. O crime aconteceu na Rua Olavo Bilac, no Bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso. Segundo a irmã mais velha de Andréia, a vendedora Ângela Gomes da Costa, 36, Oldair já havia ameaçado e até agredido a esposa outras vezes. “Ela queria ir embora, largar o marido e morar no Rio, mas ele não permitia. Falava que só ia perdê-la para a morte”, declarou Ângela. O casal tinha três filhos pequenos.

 Segundo a vendedora – que veio do Rio de Janeiro com outros sete familiares providenciar a liberação do cadáver no IML –, Andréia e Oldair eram casados desde 2005. No local do crime algumas pessoas chegaram a declarar que o serralheiro era constantemente humilhado pela esposa, que o xingava e “chamava a atenção dele no meio da rua”. O casal também discutia com freqüência, segundo afirmaram vizinhos próximos. No entanto, segundo Ângela, isso não ocorria. “Oldair não aceitava a separação. A nossa família já estava providenciando um apartamento para Andréia e os filhos morarem lá no Rio. Ela ia sair de casa sem avisar o esposo. Infelizmente a morte dela não foi nenhuma surpresa. A gente sabia o que o marido dela era capaz de fazer, pois ele já havia tentado matá-la uma vez”, afirmou a vendedora. Na ocasião, ainda segundo Ângela, Andréia foi violentamente agredida pelo esposo. “Minha irmã chegou a fazer uma ocorrência na Delegacia da Mulher (Delegacia de Proteção à Mulher e ao Menor, no Bairro Iguaçu, em Ipatinga) quando Oldair tentou assassiná-la. Ele acertou a cabeça dela com uma barra de ferro”, revelou a irmã da vítima.

Andréia tentava se divorciar do marido, mas ele não aceitava a separação

De acordo com a vendedora, quando a irmã foi agredida pelo marido, os familiares tentaram convencê-la a não ficar mais casado com ele. “Nós não queríamos que ela voltasse para o Oldair, mas foi uma decisão dela. Eles não chegaram ficar separados, pois ele não permitia o divórcio. Ela falava que não queria mais, mas ele não aceitava”, explicou Ângela. 

A vendedora ainda falou dos momentos que antecederam o crime. “Eles discutiram antes dos tiros. Um dos filhos havia ido para a creche, a de oito meses estava com minha irmã na cozinha e a de 10 anos em casa viu o pai matar a mãe. Ela está muito abalada e nós vamos levar as três crianças para o Rio de Janeiro”, informou Ângela, que fez um desabafo: “Oldair tem que pagar pelo que fez. Não sei se minha mãe vai suportar essa tragédia. Ela está muito abalada. Meu pai ainda não sabe da notícia e nem pode saber, pois tem problemas de coração e está hospitalizado. Por enquanto, não vamos informá-lo”. 





Oldair permanecia foragido. Informações sobre o paradeiro dele podem ser passadas ao disque-denúncia 181

Clio branco 
Segundo testemunhas, após assassinar a esposa, Oldair fugiu em um automóvel modelo Renault Clio branco. “O Oldair é um cidadão claro, usava cavanhaque e é magro. Ele saiu da casa onde o homicídio aconteceu vestindo uma calça jeans e uma blusa estampada”, chegou a revelar o tenente Johnson, comandante da Polícia Militar em Paraíso. Até o fechamento desta edição, o serralheiro não havia sido localizado. Qualquer informação sobre o paradeiro dele pode ser repassada de forma anônima ao disque-denúncia unificado das polícias, o 181.

Fonte: JVA online 


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