Promotor pede prisão de membros da Galoucura


O promotor do 2° Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, vai requerer na terça-feira (8) à Justiça nova prisão para dois diretores da torcida organizada Galoucura. Josimar Júnior Souza Barros e Marcos Vinícius de Oliveira de Melo, o “Vinicin”, são suspeitos de envolvimento na morte do cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, em 27 de novembro do ano passado. Eles já haviam sido presos juntamente com outros três membros da Galoucura.

A dupla, que respondia em liberdade pelo crime de homicídio, se envolveu numa briga no interior de um shopping da Região Noroeste de Belo Horizonte, no último sábado. Na confusão, uma idosa e uma criança de 2 anos, além de um segurança do estabelecimento, ficaram feridos.

“Mesmo após uma morte, a violência continua. Farei o possível para retirar essas pessoas da rua e mandá-las de volta para a cadeia. Já preparei toda a documentação para requerer a prisão preventiva desses dois torcedores”, revelou Santiago.

O advogado Dino Miraglia, que defende os atleticanos, informou que o requerimento da promotoria não procede, uma vez que Josimar e Vinicius foram vítimas de agressão.

Santiago informou ainda que aguarda resposta do recurso impetrado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), contra a decisão do juiz Maurício Torres, que autorizou a dupla e outros três torcedores a responderem pelo assassinato do cruzeirense em liberdade.

Entre os12 indiciados no assassinato do cruzeirense, estão também o presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o “Bocão”, e o vice-presidente Willian Tomaz Palumbo, o “Ferrugem”.

Na briga de sábado passado, além dos dois diretores da Galoucura, também foram presos os cruzeirenses Everaldo Wallison Marques, 29 anos, Leandro Zanandez Freitas, 27, Luan Borges Braga Tofani, 21, e Eros Dátilo Belizani, 31. Todos foram encaminhados para a Seccional Noroeste, onde foram autuados por lesão corporal e dano material. Após prestarem depoimento, foram liberados.

O cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, deverá responder pelo crime em liberdade. O tribunal argumenta que não há provas suficientes para manter os atleticanos presos. O juiz Maurício Torres indeferiu os pedidos de prisão preventiva dos 12 acusados e expediu o alvará de soltura dos cinco atleticanos que estavam cumprindo a prisão temporária (30 dias), com vencimento na última terça-feira.

No dia 27 de novembro passado, um grupo de dez cruzeirenses descia a Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul da capital, próximo ao Chevrolet Hall, quando foi cercado por dezenas de atleticanos. Eles assistiam a um evento de luta. fonte: Hoje em Dia

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