Alexandre Kalil não gosta de contrato com TV e esbraveja contra dissidentes

O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, se pronunciou na tarde desta terça-feira, para comentar a situação sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nas edições 2012 a 2014. E a licitação, encerrada na última semana, não agradou aos alvinegros, que esperavam um montante maior do que pago pela Rede TV!, girando em torno de R$ 500 milhões por ano. Para Kalil, a guerra travada entre algumas equipes e o Clube dos 13 foi fatal para o não sucesso do acordo.

“O Atlético não saiu satisfeito não. Até a RedeTV disse no dia, que eu estava, que carregava dois envelopes: um com 500 e outro com 700 milhões de reais. Essa brincadeira de péssimo gosto que eles fizeram ai nos custou 200 milhões”, afirmou Kalil, que continuou criticando o ocorrido.

“Foi péssimo, lamentável. Eu queria esclarecer uma coisa. A posicão do Atlético nisso é que estão levando para um lado de beligerância um assunto que não é beligerante . Isso aqui é um assunto financeiro. Eu não tenho nada contra ninguém (emissoras). Pelo contrário. Minhas relação mais estreita é com a Rede Globo.  Me relaciono muito bem, sempre fui bem recebido na Globo quando eu quis. Agora: amigos, amigos, negócios à parte”, ironizou o polêmico alvinegro.

Os valores da liga brasileira, de acordo com Kalil, poderiam chegar a valores astronômicos, colocando a competição em um patamar nunca alcançado, se credenciando como uma das mais caras do planeta.

“Eu quero que todo mundo entenda que estamos falando de dinheiro Muito dinheiro. Não se trata de 30 milhões, 50 milhões de reais Se todo mundo tivesse unido, e as redes brigando, seria algo em torno de 3,9 bilhões de reais”, lembrou.

Durante a coletiva, o presidente do Atlético chegou a cutucar os times que não autorizaram o Clube dos 13 a vender os direitos de TV em seus nomes. “Estranhamente, clubes que participaram da formação fiscal, que aprovou, foi ouvido, pulou para o outro lado dizendo que ninguém sabe negociar. Quer dizer, concorrência não tem que saber negociar não, trata-se apenas de quem dar o valor maior”, observou.

“Isso é conversa de amador. Saber negociar, é agora, se for clube a clube. Garanto a vocês que médico, dentista, não são grandes negociadores. Estamos em um momento muito importante do futebol e o Atlético aguarda”, alfinetou Kalil.

Kalil deu a entender que gostaria que as diferenças na hora da partilha das cotas fosse em caráter mercadológico, já que o torcedor alvinegro consume tudo que é relacionado ao clube.

“Depois que Pay Per View foi feito, através de pesquisa, tem esse negócio de achar que o meu é melhor, né? Eu por exemplo acho o Atlético melhor. Que o Galo não entregou carta para o Clube dos 13 antecipando cota de TV de 2012 e 2013. Eu acho o Atlético estruturado. Mas tem uma coisa que chama pesquisa. E ele foi o quinto que mais vendeu PPV. Então tem quatro na minha frente que não posso contestar. Aí, eu vou tentar ver esse abismo na hora do consumo”, resmungou.



“Mas quem vai sair ganhando nessa história toda é o Corinthians e o Flamengo. E quem tá indo atrás, é um monte de bobo.Se sentássemos juntos, poderíamos encolher esse abismo. Mas tem gente que adora ficar debaixo de guarda-chuva de carioca e paulista, e esse não é o caso do Atlético”, encerrou Alexandre Kalil. fonte: O Tempo

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