A missionária Anelise foi assassinada e teve o corpo jogado na lagoa Silvana |
RELACIONAMENTOS
A imprensa não teve acesso ao processo e muito menos às declarações de parentes ou de pessoas próximas à vítima. A única informação obtida pela reportagem junto a uma fonte era de que a missionária mantinha relacionamentos extraconjugais. No entanto, a polícia não confirmou se a sua morte teria motivação passional. O ponto de partida para se chegar ao nome do policial foi o depoimento de Daniel Silva Araújo, 45, que estava preso no Ceresp pelo crime de tentativa de homicídio. O seu depoimento estabeleceu forte ligação do cabo da Polícia Militar com o assassinato de Anelise. Em uma acareação realizada entre Daniel e o militar ficou registrado nos autos o seguinte depoimento de Daniel: "Eu tomei conhecimento da morte de Anelise por meio do Joel Fernandes, que esteve no meu lajavato". O curioso é que na data em que Joel procurou Daniel o corpo de Anelise estava sem identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga.
PROCESSO
O processo de dois volumes com mais de 100 páginas está na 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga. Mesmo que o judiciário pronuncie o cabo da Policia Militar, sua defesa poderá entrar com recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).
QUEIMA DE ARQUIVO
No dia 9 de abril de 2010 o motorista Daniel Silva Araújo, que denunciou o envolvimento do militar no assassinato de Anelise, foi executado na zona rural de Ipatinga. Na ocasião, com 48 anos de idade, a vítima foi executada com oito tiros nas costas quando estava debruçado sobre o balcão de um bar na avenida José Antônio, Pedra Branca, zona rural de Ipatinga. O assassino chegou ao estabelecimento com um capacete de viseira escura na cabeça e fugiu sozinho em uma motocicleta Honda Titan prata. Daniel chegou a testemunhar contra um cabo da PM no inquérito da Polícia Civil sobre o assassinato da missionária Anelise, mas a equipe da homicídios de Ipatinga não acredita que a execução de Daniel tenha ligação com a denúncia contra o militar.
Conheça o caso passo a passo
Manhã de 17 de janeiro 2007
Pescador aciona a Central de Operações da Polícia Militar (COPOM) de Ipatinga. A testemunha informa a existência de um cadáver do sexo feminino boiando à margem da lagoa Silvana.
18 de janeiro 2007
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) atesta morte por estrangulamento e corte com precisão cirúrgica no corpo da vítima.
24 de janeiro 2007
Parentes e amigos de Anelise reconhecem como sendo o seu, o corpo sem identificação na câmara frigorífica do Instituto Médico Legal. Irmãos da vítima pedem apuração rigorosa para o caso.
21 de fevereiro 2008
A delegada Adeliana Xavier, atualmente em Belo Horizonte, indicia o cabo da Polícia Militar por envolvimento no brutal assassinato de Anelise. O processo de dois volumes com mais de 100 páginas está na 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga. A motivação está em segredo de justiça.
05 de novembro 2009
O Ministério Público acata a apuração da Polícia Civil e denuncia o militar pelo assassinato da missionária. O judiciário decide ainda neste ano de 2011 se o acusado será levado a júri popular.
09 de abril 2010
O motorista Daniel Araújo, 45, que denunciou o envolvimento do militar no assassinato de Anelise, é executado na zona rural de Ipatinga. A vítima recebeu oito tiros efetuados por um homem que estava em uma motocicleta prata. O autor até hoje não foi identificado. A equipe da Homicídios de Ipatinga não acredita que a execução de Daniel tenha ligação com a denúncia contra o militar. fonte: Diário Popular
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