Prefeito de Manaus diz a moradora: 'Minha filha, então, morra, morra'


O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, discutiu com uma moradora de uma área de risco na manhã desta segunda-feira (21). Ele foi ao local após a morte de três pessoas durante o fim de semana por causa de um desmoronamento de terra na comunidade Santa Marta.
Em um dos momentos, a moradora afirma que não tem condição de ter uma moradia digna. Ele responde: “Minha filha, então, morra, morra.”
Em outra ocasião, o prefeito pergunta de onde a moradora é. Ela afirma que é do Pará. “Então, pronto. Tá explicado”, diz o prefeito.
Segundo nota da prefeitura, "a discussão se acirrou porque inicialmente o clima emocional era muito forte diante das fatalidades e os moradores se recusavam em sair do local de risco. O prefeito fez um 'apelo incisivo', pelo risco de morte dos moradores".
O assessor Eduardo Gomes, da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Manaus, disse ao G1 que o prefeito foi local com o intuito de retirar as pessoas da área de risco. E que a frase em que ele fala sobre morte teria sido dita no “calor da discussão”, porque os moradores insistiam em permanecer no local.
Em relação à frase em que o prefeito comenta o fato de a mulher ser do Pará, Gomes afirma que Manaus sofre uma migração muito forte de estados da região Norte e Nordeste. Segundo ele, geralmente, os migrantes têm baixo nível de escolaridade, pouca qualificação profissional e vão morar em áreas de risco.
Ainda segundo Gomes, há cerca de 50 mil famílias em área de risco em Manaus. A razão, segundo ele, é a migração de pessoas para a capital amazonense.

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