Executivo da Aperam (ex-ArcelorMittal) estaria assumindo a Usiminas

A REVISTA RESSALTA que Brumer foi a solução de emergência para estancar a crise aberta pela turbulenta demissão de Marco Antônio Castello Branco-foto Portal JVA online
Sob o título “Usiminas de olho no rival”, a última edição da revista IstoÉ/Dinheiro, que começou a circular no final de semana, traz reportagem assinada pelo jornalista Hugo Cilo, ventilando a possibilidade do superintendente da ex-ArcelorMittal Inox Brasil, agora Aperam, Mário Porto Fonseca, vir a assumir a siderúrgica ipatinguense. No entanto, conforme a revista, ao ser procurado pelo celular, o executivo da maior produtora de aço inox do país negou a informação: “Usiminas? Não sei de nada” – teria sido a sua última frase em contato telefônico com a publicação.

De acordo com a IstoÉ, desde que foi contatado pela primeira vez, Porto não atende a telefonemas, como também não aparece no escritório da empresa, em São Paulo ou tampouco se expõe em público. A revista associa a dificuldade de localização de Mário Porto à possibilidade de ele vir a mudar de emprego logo após o Carnaval. O jornalista da IstoÉ/Dinheiro afirma que “seu novo endereço comercial será a Usiminas, a maior siderúrgica nacional”.

A mesma matéria informa: “Especulava-se na semana passada que Fonseca assumiria a cadeira que hoje está ocupada pelo CEO Wilson Brumer, que foi  presidente do conselho de administração”. Contudo, também registra que a Usiminas nega a mudança de comando executivo. 

Ainda conforme a reportagem da publicação nacional, “na sexta-feira, 25 de fevereiro, a diretora de Comunicação Maria Ligia Dutra confirmou à DINHEIRO a contratação do concorrente, mas para outra importante função. Fonseca irá comandar a Soluções Usiminas, subsidiária de produtos acabados e responsável pela distribuição, que teve um faturamento estimado de R$ 3,6 bilhões em 2010”. 

AÇO INOXIDÁVEL
De acordo com a revista, “ao contratar Fonseca, a siderúrgica mineira também leva o conhecimento – e todas as estratégias da rival – em um setor que pretende dominar, mas no qual tem encontrado dificuldades para decolar: a produção de aço inoxidável. Nesse segmento, a Usiminas é a terceira maior, atrás da ArcelorMittal e da Gerdau”.

O jornalista acrescenta que, além de tudo, “a CSN, a quarta colocada do ranking e sócia minoritária da Usiminas, também está com planos de investir fortemente no segmento”. E cita a opinião de um executivo do setor siderúrgico, que teve a sua identidade preservada: “Para a ArcelorMittal é uma grande perda. Para a Usiminas, o pulo do gato”. Ainda segundo a IstoÉ, a contratação de Fonseca teria sido exigida pela Nippon Steel, a maior acionista da companhia, com 26,7% da empresa.

TRANSIÇÃO
Ainda segundo a análise da revista especializada, “uma eventual saída de Brumer da presidência executiva não seria uma surpresa para quem acompanha a Usiminas de perto”. A IstoÉ teoriza: “Presidente do conselho de administração, Brumer foi a solução de emergência para estancar a crise aberta pela turbulenta demissão do  antigo CEO Marco Antônio Castello Branco, em abril de 2010.

Castello Branco foi defenestrado em função das resistências que encontrou entre os principais acionistas para executar  um ambicioso plano de reestruturação e de corte de custos”. 

A Usiminas fechou o ano passado com lucro de R$ 1,6 bilhão, um crescimento de 24% em relação a 2009. 



*(as informações são do Portal JVA online)

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