Fabriciano sem catracas eletrônicas

Atendendo solicitação de lideranças representativas dos vendedores de passes em Coronel Fabriciano, o Presidente da Câmara Municipal, Vereador Francisco Pereira Lemos (PDT), reuniu-se na manhã de ontem em seu gabinete na sede do Legislativo, com mais de trinta pessoas, que sobrevivem desta atividade.
Ao final do encontro, Lemos  anunciou a retirada definitiva de pauta do  projeto de sua autoria, que se aprovado  permitiria a instalação de catracas eletrônicas nos ônibus municipais.

Um abaixo-assinado com dezenas de assinaturas de vendedores de passe também foi entregue ao presidente da Câmara, ressaltando sua “constante preocupação com os menos favorecidos” e argumentando a favor do pedido de retirada da matéria, o fato de não existir qualquer “garantia das empresas de transporte coletivo, de que nossa atividade, que permite o sustento de nossas famílias, seja garantida”.

Um dos líderes do movimento, o autônomo José Maria Freitas, residente no bairro Santa Cruz, disse que estava tranquilo quanto ao desfecho do caso: - O Dr. Lemos sempre esteve ao lado das pessoas menos favorecidas e viu que este projeto iria atrapalhar a vida de muita gente, que não teria como se defender, afirmou.
MOTIVOS – O Vereador Lemos explicou aos vendedores de passes, que tomou a iniciativa de apresentar o PL 2011, “depois de constatar que em Ipatinga, Timóteo e outras cidades brasileiras do mesmo porte de Coronel Fabriciano, a inovação tecnológica funciona com sucesso”.

Também informou ter sido procurado por “ex-colegas das polícias Civil e Militar, pedindo que a medida fosse adotada no município, pois diminuiria o volume de dinheiro circulante e reduziria o número de assaltos aos coletivos, que põem em risco a segurança da população”.

No entanto, o presidente do Legislativo fabricianense disse que  após avaliar bem os aspectos positivos e negativos desta matéria, concluiu que a realidade econômica  do município é bem diferente das outras cidades, onde já existe o cartão magnético e as catracas nos ônibus, então por isso decidiu retirar o projeto de pauta.
“Nós queremos o melhor para todos os cidadãos  fabricianenses e jamais faríamos algo que viesse a lhes trazer prejuízos, ainda mais uma parcela já sacrificada e que vive à margem da economia padrão deste país” – finalizou.

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