Morre Timotense espancado em Portugal

Júlio Cesar deixou uma filha de oito anos

TIMÓTEO – Morreu na última sexta-feira (18), em Portugal, o pintor timotense Júlio Cesar Carvalho, de 28 anos. Ele morava na cidade de Lisboa e desde o dia 17 de dezembro de 2010 estava em coma no Hospital Francisco Xavier. Júlio foi agredido violentamente quando, após chegar do trabalho, no final da tarde, desceu para comprar comida. O timotense teve traumatismo craniano. A mãe, Izabel Aparecida Carvalho, viajou para encontrar o filho em fevereiro com o apoio financeiro e solidariedade da comunidade de Timóteo e região.

A polícia portuguesa e nem a família tem pistas sobre os agressores e sobre qual seria a motivação. O pintor era casado com Creuzeane Aparecida de Souza e deixou uma filha, Glenda Cristina Carvalho, de oito anos. 
A família luta agora para trazer o corpo de Júlio César para ser enterrado no Brasil. A grande dificuldade está na remoção do corpo, pois a família não obtém recursos para tal. Até a tarde desta segunda-feira (21), o cadáver permanecia no Hospital Francisco Xavier. Ele só será liberado após o pagamento de R$1.500. Para trazê-lo para o Brasil, a família vai precisar de mais R$ 13 mil. “É uma situação muito triste. Meu filho era muito jovem, muito feliz e alegre. Precisamos de ajuda para que ele possa ser enterrado na terra onde nasceu, para que os amigos e outros parentes possam prestar as homenagens”, declarou o pai Benedito Carvalho, 69 anos, emendando. “Agradeço demais os que ajudaram a levar a minha esposa a Portugal. Ela pôde estar com ele, vê-lo antes de morrer. Ele abria os olhos, mexia as mãos, mas não conseguia falar. Se as pessoas sentirem no coração a vontade de ajudar, iremos agradecer muito”, disse Benedito. 

Para quem quiser ajudar a família, poderá depositar qualquer quantia na conta de Izabel Aparecida Carvalho no Banco do Brasil, agência nº 2864-9, conta poupança nº 25466-5.

SEM SEGURANÇA
Benedito revelou também que a esposa de Júlio, Creuzeane, irá voltar para o Brasil. “Ela não sente mais segurança em morar lá, com tudo o que aconteceu. Deve voltar junto com o corpo para o Brasil, para recomeçar a vida aqui”, contou.  O pai revelou também que, desde que soube da morte do filho, está precisando de remédios para dormir. “Estou recebendo muitos amigos, familiares, pessoas que vem para nos confortar. Mas desde que ele faleceu, eu não estou conseguindo dormir. Isto é muito injusto. Se fosse uma morte natural, a gente ficaria mais conformado. Mas não, ele foi assassinado em um país no qual vivia de forma legal. Um jovem divertido, que sempre lutou pelos seus sonhos, para alçar vôos cada vez maiores. Tudo acabou por causa de uma atitude covarde, de uma pancada na cabeça. É tudo muito injusto”, desabafou o pai do jovem. 

Benedito revelou que Júlio tocava em uma banda em Portugal. “Ele era o bom humor em pessoa, aonde chegava era uma festa”, relembrou, revendo as fotos que o filho enviava de Portugal. fonte: JVA online

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