Homem é emboscado e morto na porta de casa no Canaã em Ipatinga

Ricardo da Silva tinha 11 passagens
 pela polícia por roubo e outros delitos
IPATINGA - O ajudante de pedreiro Ricardo da Silva Rainha, 33, foi morto na noite desta quarta-feira (16). A vítima estava em sua residência, situada na rua Jericó, 156, bairro Canaã, quando por volta das 19h40 alguém o chamou no portão e abriu fogo.
A Polícia Militar trabalha com a hipótese de que o homicídio tenha sido praticado por causa de drogas. Ricardo era usuário e possuía 11 passagens por furtos e outros delitos.
A avó de Ricardo, Maria Francisca P. Serafim, 75, contou que o neto estava preparando a comida que levaria na marmita para o trabalho no dia seguinte, quando alguém chamou por ele na rua.
Ao abrir o portão a vítima foi alvejada com dois disparos que acertaram o tórax. Ainda com vida, Ricardo conseguiu fechar o portão, mas caiu no beco próximo a entrada da cozinha. A vítima chegou a citar um nome antes de morrer. Maria Francisca não é a mãe biológica de Ricardo, mas cuidou dele desde o seu nascimento. Ela se assustou com o barulho dos disparos. A aposentada pensou que o filho estivesse brincando. 
"Só tive tempo de ouvir ele dizer: 'mamãe eles me mataram'. Achei que ele estava brincando, levantei com dificuldade e peguei minha bengala, quando cheguei perto e mexi com ele, já estava morto", informou.
O assassino fugiu após balear Ricardo. Segundo informações da Polícia Militar, ele teria usado uma motocicleta para deixar o local do crime.
Uma ambulância do SAMU chegou a ser acionada para tentar socorrer a vítima. Contudo, Ricardo veio a falecer ainda no local.

INVESTIGAÇÃO
O sargento da Polícia Militar, Pereira, responsável pela ocorrência, disse que em conversa com testemunhas, uma vizinha alegou que uma motocicleta parou em frente à residência da vítima e, posteriormente, ela ouviu dois disparos e o motociclista saiu em alta velocidade. 
"A descrição dada à policia é que a moto era uma CG de cor escura. O número da placa as testemunhas não conseguiram anotar. Mas vamos trabalhar em cima do nome revelado. Mesmo não sendo o trabalho da PM, vamos trabalhar para dar uma resposta à sociedade sobre esse crime", disse Pereira.

MÃE ADOTIVA
Abalada com a perda do filho adotivo, Maria Francisca disse que Ricardo era neto do seu ex-marido. Mas, como a mãe dele não teve condições de criá-lo, pegou a criança logo nos primeiros meses de vida.
Idosa e com graves problemas de saúde, a dona de casa se desesperou com a possibilidade de ir para um asilo, já que ela não consegue se movimentar sozinha. "Tem seis anos que ele tomava conta de mim, buscava meus remédios, lavava a minha roupa, arrumava a casa. Me ajudava a tomar banho, porque do jeito que estou, não consigo sozinha", lembrou emocionada. fonte: Diário Popular

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