Perrella julga praticamente inevitável a saída de Henrique após a Libertadores

O volante Henrique, agora selecionável, parece estar com os dias contados no Cruzeiro. A despedida seria logo após o encerramento da participação do clube na Copa Libertadores da América.

Pelo menos foi esse o compromisso feito pelo presidente do clube, Zezé Perrella, com os investidores que detém a maior parte dos direitos econômicos do jogador de 25 anos.

Perrella conta que, em janeiro, recusou-se a liberar Henrique para o Santos, clube que já havia chegado a um acordo com os investidores para comprar 100% do passe por 4 milhões de euros.

Na ocasião, a recusa gerou um mal-estar entre o clube e o parceiro comercial.

A partir daí, ficou acertado que Henrique só deixaria o Cruzeiro após a Copa Libertadores.

”Só 25% dele pertence ao Cruzeiro. Os investidores estavam querendo vender o Henrique, eu bati o pé, falei que não negociaria – era para o Santos – não liberaria enquanto não terminasse a Libertadores. Os nossos investidores estavam vendendo para outros investidores que tinham compromisso com o Santos. Eu falei que não liberaria. A partir do fim da Libertadores, se aparecer uma proposta que interesse aos investidores, não terei alternativa, até porque o Cruzeiro só tem 25%”, destacou Zezé Perrella.

O presidente não sabe se o Santos sustentará ou reajustará a oferta de 4 milhões de euros agora que Adílson Batista foi demitido. O técnico foi o responsável pela indicação. “Mas torço para que não apareça, porque se não aparecer, os atuais investidores vão querer manter no próprio Cruzeiro. Foi aqui que ele se valorizou, que foi para a Seleção Brasileira”.

Na opinião do presidente, Henrique já vale o dobro por ter sido convocado por Mano Menezes para o amistoso da Seleção Brasileira contra a Irlanda, no dia 27, em Londres. “A proposta era de 4 milhões de euros, e acho que os investidores fizeram um grande negócio em não vender. Acho que os ajudei. O Henrique, com essa convocação, pode valer ao menos o dobro”, contou.

A informação passada por Perrella, de que o Cruzeiro detém 25% de Henrique, é uma novidade.

Em novembro de 2009, quando ele teve o contrato prorrogado por cinco anos, a informação era de o clube era detentor de 20% e teria a opção de adquirir mais 20% do investidor.

Na época, o parceiro pagou US$ 1,55 milhão (R$ 2,7 milhões) por 100% dos direitos de Henrique junto ao Jubilo Iwata do Japão. O Cruzeiro recebeu 20% pela visibilidade proporcionada ao atleta. (UAI)