Professores da rede municipal de Ipatinga paralisam as atividades hoje

Cida Lima justifica: "o governo, apesar de ter sancionado a lei, assinado o acordo e nomeado a comissão de negociação, não está cumprindo o prometido"


IPATINGA - Os trabalhadores em educação da rede municipal de ensino paralisam suas atividades nesta quarta-feira, dia 16.
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), o motivo do protesto é a ausência de negociação da campanha salarial 2011 com a Administração Municipal e descumprimento do acordo assinado para pagamento da parcela do piso dos professores. 
Uma comissão paritária foi formada para garantir as negociações entre governo e trabalhadores, mas seus membros não têm se reunido, afirma o sindicato. "Nossa pauta de reivindicações foi protocolada em dezembro e, desde então, insistimos em nos reunir e apenas uma reunião foi realizada com o governo. A administração, além de não ter respostas a vários questionamentos feitos acerca das finanças da PMI, ainda tenta retirar direitos dos trabalhadores, conquistas importantes frutos da luta da categoria", declara Cida Lima, coordenadora do Departamento de Comunicação e Cultura.
A paralisação tem também um caráter simbólico, já que todo dia 16 é dia de luta nacional pela implantação do Piso Salarial Profissional do Magistério, lei sancionada em 16 de julho de 2008, pelo então presidente Lula. "Aqui em Ipatinga, a partir de forte mobilização da categoria, ao longo de 2010, conseguimos aprovar na Câmara Municipal a lei 2786, que garantiria o pagamento gradual do piso até novembro de 2011. Contudo, o governo Robson, apesar de ter sancionado a lei, assinado o termo de acordo e nomeado a comissão de negociação, não está cumprindo o prometido", reafirma Cida Lima.

MOBILIZAÇÃO
Os trabalhadores têm atividades durante todo o dia: de manhã, acontecem visitas à comunidade nas proximidades de cada escola, e às 13 horas a assembleia. "Nossa categoria está mobilizada e não vamos descansar até conquistarmos, efetivamente, o que já foi garantido em lei", conclui a sindicalista.

fonte: Diário Popular

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