Record torna públicas as propostas apresentadas a Flamengo e Corinthians

Protaganizando mais um capítulo no confronto com a Rede Globo pelo direito de transmissão do Campeonato Brasileiro, a Rede Record divulgou na tarde desta quinta-feira um comunicado oficial em que torna públicas as propostas fincanceiras apresentadas aos dirigentes de Flamengo e Corinthians, clubes com as duas maiores torcidas do país.
Segundo a nota, a emissora ofereceu, para cada um dos clubes, a quantia de R$ 100 milhões por ano pela transmissão de, no mínimo, 19 jogos a cada temporada do Brasileirão nos períodos de 2012 a 2016. As propostas, ainda de acordo com o comunicado, foram registradas em cartório.
A emissora do Bispo Edir Macedo também ressaltou a intenção em modificar a atual grade de horários dos jogos para maior comodidade dos torcedores.
Leia o comunicado na íntegra:
A Rede Record, como sempre agiu desde o início do processo de negociação do Campeonato Brasileiro de Futebol, reafirma sua intenção de negociar, com total e absoluta transparência, diretamente com todos os clubes envolvidos.
Por isso, decidimos apresentar, publicamente, nossas propostas. Assim, todos terão conhecimento dos valores e propósitos oferecidos para cada um dos clubes que disputam a Série A da competição.
A decisão prioriza o respeito aos clubes, torcedores, telespectadores, patrocinadores, autoridades do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e até concorrentes.
Iniciamos essa etapa da negociação apresentando ao Clube de Regatas Flamengo e ao Sport Club Corinthians Paulista as nossas propostas e, ao mesmo tempo, registramos os documentos em cartório para provarmos que agimos de acordo com as determinações do CADE e da livre concorrência. A proposta é de R$ 100 milhões por ano, para cada um dos clubes, pela transmissão de, no mínimo, 19 jogos a cada temporada dos Campeonatos Brasileiros de 2012 a 2016.
Dessa forma, acreditamos que podemos colaborar com o esporte mais popular do País e que mexe com a paixão dos torcedores.
Clareza de propósitos, negociações à luz do dia, em horário comercial e com respaldo jurídico são os nossos objetivos em todo o processo.
Se as partes envolvidas agirem assim, temos a absoluta certeza de que, nos próximos cinco anos, o futebol brasileiro vai ser protagonizado pelas maiores estrelas do nosso futebol e coroado com a recuperação econômica dos clubes, aumento do interesse dos torcedores e dos telespectadores pelo espetáculo, exibição das partidas em horários mais adequados e ampliação do número de patrocinadores.
Esse é o caminho que a Rede Record acredita que pode perpetuar o Brasil como o país do melhor futebol e também do mais disputado campeonato do mundo.
Mauricio Storelli
Comunicação
Clubes mineiros

Os três grandes times de Minas Gerais ainda não fecharam acordo com nenhuma das emissoras de televisão. O Cruzeiro é o clube que tem as negociações mais avançadas e, de acordo com o presidente Zezé Perrella, o acordo proposto pela a Globo pode render o dobro dos vencimentos do atual contrato, que gira em torno de R$ 14 milhões. No entanto, a diretoria celeste ressalltou que a Raposa também negociará com a Record.

"O Zezé (Perrella) ouviu a Globo e achou a proposta muito boa. O Cruzeiro praticamente acertou com a TV Globo, mas ainda não assinou nada. O presidente quer ouvir a proposta da Record, mas não há nada agendado ou previsão para ter essa conversa", disse o diretor de comunicação do time estrelado, Guilherme Mendes.

Por sua vez, no Atlético, o presidente, Alexandre Kalil, concentra as negociações do clube pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Contudo, a assessoria de imprensa do alvinegro tentou contatar o dirigente durante toda a tarde desta quinta-feira, mas não teve sucesso.

Já o América destacou que o clube não acha nada interessante essa divisão de negociação. De acordo com Marcus Salum, um dos membros do Conselho de Administração do América, em algum momento as emissoras terão que sentar no futuro para acertar com os clubes menores.

"Com a entrada da Record, o valor aumenta para todo mundo, porque a concorrência fica acirrada. Mas, não estou gostando dessas negociações individuais. Tem que haver um entendimento em conjunto para esse acerto, seja pelo Clube dos 13 ou por um outro fator. Não se faz um campeonato com apenas 12 clubes com uma emissora e o restante com outra. Se isso acontecer, a competição perde o valor. Tivemos algumas conversas, mas nada mais a fundo, até porque o América negocia os direitos de transmissão de 2011 e essa polêmica toda acontece pelo triênio 2012-2014", explicou o dirigente.

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