Casal de universitários desmaiou, dormiu e morreu intoxicado


Gustavo e Alessandra foram ao local para comemorar aniversário de namoro


O casal Gustavo Lage Caldeira Ribeiro, 23 anos, e Alessandra Paolinelli de Barros, 22, tomou vinho e estava com a lareira à lenha acesa, quando perdeu os sentidos, ficou anestesiado, dormiu e morreu. O casal comemorava um ano de namoro em um chalé da pousada Estalagem do Mirante, em Brumadinho, na Grande BH. Eles tinham chegado ao local na tarde do último dia 15. Seus corpos só foram descobertos dois dias depois. A avaliação do que ocorreu com o casal é de uma fonte da Polícia Civil que teve acesso ao laudo toxicológico, realizado a partir de amostras de vísceras e tecidos colhidos nos corpos.

Segundo os exames feitos em laboratório, o laudo apontou alta concentração de monóxido de carbono e uma pequena taxa de álcool no sangue. Não foram encontrados vestígios de outras substâncias. De acordo com a fonte, o sangue do casal estava “vermelho vivo”, resultado de alta concentração de carboxihemoglobina – união do monóxido de carbono com a hemoglobina, o que impede a circulação do sangue no corpo, provocando a morte. Conforme a fonte da Polícia Civil, a origem do monóxido de carbono pode ter sido a combustão incompleta da lenha na lareira do quarto, que estaria com as janelas e portas fechadas por causa do frio.

O laudo mostrou que Gustavo teria inalado mais monóxido de carbono (68%) do que Alessandra (62%), o que resultou em seus reflexos involuntários: vômito e evacuação de sangue. “Nessa situação não tinha muito o que fazer, uma vez que a inalação de monóxido de carbono nesses níveis é mortal”, avaliou a fonte.

O gerente da Pousada do Mirante, Alysson Martins, revelou que o local funciona há oito anos e nunca registrou incidentes envolvendo equipamentos dos quartos. Martins confirmou que o chalé onde o casal se hospedou tinha com uma lareira alimentada à lenha, que teria sido utilizada pelos estudantes. Ele disse que não vai se pronunciar sobre o laudo da perícia.

Nesta semana, familiares dos estudantes mortos e funcionários da pousada deverão ser intimados para iniciar uma série de depoimentos na Divisão de Crimes contra a Vida (DCcV), no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte. fonte: Hoje em Dia

0 comentários: