Garota de 11 anos guardava arma para acusado

Marcos Antônio, o ‘Teco’, foi preso por agredir a coronhadas uma adolescente viciada em crack


IPATINGA – Preso na tarde desta quarta-feira (16), na Rua Belo Horizonte, no Centro, o desempregado Marcos Antônio Gonçalves Moura, de 24 anos, deverá responder a crimes de porte ilegal de arma de fogo e agressão. Ele foi detido depois de dar coronhadas em uma adolescente de 16 anos, que, ferida na cabeça, foi medicada no Hospital Municipal de Ipatinga (HMI).

De acordo com o sargento Amarildo, que comandou os trabalhos que culminaram na prisão de Marcos, que é mais conhecido como “Teco”, ele possui passagens na polícia por tráfico de drogas e assalto. “Essa menina (a menor agredida) chegou perto da gente reclamando que havia tomado duas coronhadas na cabeça e que o autor dessas agressões seria o conhecido ‘Teco’. Esse rapaz está em liberdade condicional”, comentou o militar, para acrescentar: “Conseguimos prender Marcos, mas não localizamos a arma de primeira. Porém, minutos depois, fomos informados que ele havia deixado com um menino de apenas 11 anos. Na presença de familiares, a criança nos devolveu a arma”.

A PM apreendeu uma pistola calibre 22, além de uma luneta e munições. “O ‘Teco’ tem envolvimento com drogas. A prima dele tinha uma ‘boca-de-fumo’ ali na Rua Belo Horizonte, mas foi presa. Ele então assumiu a função que a prima exercia”, informou Amarildo.

Marcos tentou se defender: “Essa arma não é minha. Não tenho envolvimento com crimes. Dei uma ferrada na cabeça dela (a menor agredida), pois essa menina roubou lá em casa, na Rua Belo Horizonte. Roubou R$ 200 meu. Dei uma ferrada na cabeça dela. Não usei armas para machucá-la”, garantiu.

Viciada em crack 
A menor que recebeu as coronhadas relatou que é viciada em drogas. “Eu dei faxina na casa do ‘Teco’ durante um bom tempo. Sou usuária de crack e também já trafiquei pra ele. Ele chegou com esse revólver que foi apreendido e me mandou segurá-lo. Só que eu falei: ‘A sua profissão é traficar. A minha é só limpeza’. Fui para debaixo da ponte tomar um lanche. Quando eu tomava um café, ele chegou e me deu duas coronhadas. Na hora eu nem senti direito. Quando levantei, ‘Teco’ deu um tiro no chão. Pus a mão na cabeça e vi que estava sangrando”, descreveu a menor. “Chamei um policial, que me levou para o hospital fazer o curativo. ‘Teco’ queria que eu guardasse a arma e drogas, pois, caso a polícia chegasse, eu sou menor e não ‘rodo’”, emendou. 

A menor, que não mora mais com os pais, disse que se esforçará para largar o vício. “A gente luta para sobreviver. Trabalho e compro  o meu crack e vou segurar droga de bandido? A minha vida é trabalhar. Fumo meu crack. Pretendo me tratar e sair dessa também”, finalizou.  fonte: JVA online

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