Segundo os vereadores, na Avenida Ruben Siqueira Maia, que liga o Mangueiras ao Amaro Lanari, quase não há trânsito de pedestres |
Os principais questionamentos caem sobre os radares citados no começo da reportagem, em locais onde o fluxo de pedestres é nulo. De acordo com o vereador Querubim, não há estudos técnicos que comprovam a necessidade de radares nos dois locais. “O local tem uma ciclovia, e nunca passa ninguém. Ninguém atravessa aquela via. A colocação de um radar ali não obedece aos critérios técnicos. E nem na Tancredo de Almeida Neves, na entrada da cidade. Ele não pode ser colocado onde a administração acha que deve. Se não obedece critérios técnicos, os radares estão em desacordo com a lei”, explicou o vereador do PDT.
Resolução do Contran
Os critérios que determinam a necessidade da implantação de medidores de velocidade estão especificados na resolução N.º 214 do Conselho Nacional de Trânsito, de 13 de novembro de 2006. Segundo o inciso 2º do artigo 3º da resolução, para a implantação deve ser realizado o estudo técnico que contemple, no mínimo, as variáveis apontadas no anexo A do mesmo, que são: número de pistas, número de faixas de trânsito no sentido fiscalizado, fluxo veicular, trânsito de pedestres e de ciclistas, velocidade regulamentada, número de acidentes no local seis meses antes do início da fiscalização e o potencial de risco no trecho ou via.
O mesmo inciso obriga também, ao contratante do serviço, refazer o estudo técnico quando as variáveis sofrerem modificações, o que é especificado no anexo B da resolução como “Monitoramento da Eficácia dos Instrumentos ou Equipamentos Medidores de Velocidade”. Segundo a lei, se o número de acidentes no local diminuir ou o fluxo de pedestres, ou algum outro fator, o estudo deve ser refeito para medir a eficiência do radar no local, e se ele ainda se faz necessário.
Magalhães Pinto
Querubim também questionou a retirada dos radares da Avenida Magalhães Pinto. Nos anos de 2009, 2010 e 2011, a avenida teve quase 600 acidentes de trânsito. “Tinha radares na Magalhães Pinto, mas eles foram retirados também. A empresa precisa arrecadar, senão eles não recebem” disse.
Os vereadores já protocolaram junto à administração municipal e junto à Câmara dos Vereadores acesso ao estudo técnico realizado para a implantação dos radares na cidade e sobre o acompanhamento detalhado de onde os recursos oriundos da arrecadação com os medidores de velocidade foram aplicados, além das quantias pagas para cada uma das empresas envolvidas na instalação e manutenção dos pardais.
Prefeito afirma que radares
protegem os transeuntes
Em entrevista a uma rádio da região, na última quarta-feira (16), o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT), afirmou que a colocação dos radares segue padrões do edital de 2004, e que, se há um estudo, ele foi feito neste primeiro edital. “O contrato já falava que pagava um tanto fixo por mês pelos equipamentos, aluguel, não era por produção. Achei a quantia alta e coloquei como condição para dar a ordem de serviço que eu pudesse usar os aparelhos de acordo com a necessidade do município, e nos lugares onde realmente tivesse o maior risco de vida para os transeuntes”, disse o prefeito.
Sobre a colocação dos radares nos pontos questionados pelos vereadores, o prefeito respondeu que a implantação se deve basicamente ao fluxo de veículos e ao risco de acidentes. “Daqui até o Amaro Lanari, depois que inauguraram a ponte, ficou um movimento muito grande. Então eu tenho a obrigação de colocar. Podem reclamar a vontade, pelo menos o ‘cara’ sai daqui e não sai fazendo ‘doideira’, tem uma função preventiva. Você imagina aquele avenidão ali sem radar. E se passa alguém ali, algum pedestre, ou mesmo carro contra carro”, declarou Chico Simões.
fonte: As informações são do Portal JVA online
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