Relacionamento a três termina com assassinato em Ipatinga

IPATINGA - Um relacionamento amoroso a três pode ter sido o estopim para a sexta execução registrada em Ipatinga este ano. Heridalton Vinicius Silvério de Souza, 19 anos, matou, a tiros, o pedreiro Albeni Cândido Dias, 42 anos. O crime ocorreu anteontem, na rua Flor do Campo, 85, bairro Bom Jardim. A prisão do acusado ocorreu em sua casa, na rua Dama da Noite, momentos após ter tomado banho. 

No ato da abordagem militar, o suspeito negou envolvimento no crime, porém entrou em contradição ao tentar explicar uma mensagem enviada para o seu aparelho celular. A mensagem pedia para que ele "negasse tudo" e foi enviada por R.P.L.D., 26 anos, esposa de Albeni. Os aparelhos celulares do autor e de sua amante foram apreendidos. 
Testemunhas disseram à Polícia Militar que R. mantinha um relacionamento amoroso com Heridalton, que era amigo da vítima. Pessoas ligadas aos envolvidos relataram que os três mantinham relações sexuais. "O Albeni forçou a esposa a manter relação com Heridalton na sua frente. Os dois homens também se relacionavam", contou uma amiga dos acusados.


A delegada Lívia Athayde Oliveira compareceu ao local e ratificou o flagrante da prisão de Heridalton, que está recolhido no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga. O sargento Pereira, um dos militares que estiveram à frente da identificação da autoria do homicídio, disse que a colaboração de testemunhas foi fundamental para o esclarecimento do caso. "Por meio de testemunhas, nós chegamos até o autor. O celular dele estava descarregado e recebemos mensagem de uma mulher dizendo para que ele negasse até a morte. Na residência, ele havia acabado de tomar banho. Sobre a mensagem, ele caiu em contradição, e acabou confessando a prática do crime", disse.
Heridalton afirmou que matou para não morrer. "Ele vinha me fazendo ameaças, por isso o matei. 



Tivemos desavenças no Natal e desde então falava que iria me matar. O problema é que ele falava na rua que eu tinha permitido que ficasse com minha irmã, que é menor. Ele tem idade para ser pai dela", contou. A arma usada no assassinato não foi localizada e, de acordo com levantamentos realizados pela polícia, teria sido emprestada ao autor por uma pessoa identificada pelo nome de Tales. A esposa da vítima foi ouvida e autuada em flagrante pela cumplicidade no crime e também pode ser levada a júri popular. Fonte: Diário Popular

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